A tensão entre Irã e EUA vem crescendo e o secretário de relações exteriores britânico, Jeremy Hunt disse que o Reino Unido e os Estados Unidos compartilham da mesma avaliação, a ameaça apresentada pelo Irã no contexto da tensão entre Washington e Teerã. Ele disse ainda que discutiu a questão com seu colega Mike Pompeo (Secretário de Estado dos EUA) na semana passada em Londres, bem como na última segunda-feira em Bruxelas. O Jornal The Guardian relatou que o comandante da Força Al-Quds da Guarda Revolucionária Iraniana, Qassem Suleimani, reuniu-se com chefes de milícias no Iraque apoiando Teerã e disse-lhes para se prepararem para uma iminente guerra regional no contexto da tensão com Washington. A tensão é uma continuidade das violações e o terrorismo financiado pelo Irã no Golfo Pérsico. A Arábia Saudita alega que “ataques de sabotagem” deixaram dois de seus petroleiros danificados ao largo da costa dos Emirados Árabes Unidos, não muito longe do canal de navegação vital do Estreito de Hormuz. Ninguém assumiu a culpa ainda, mas o incidente ocorreu apenas alguns dias depois dos EUA avisarem que “o Irã e seus representantes” poderiam ter como alvo embarcações comerciais na região. Este conflito vem aumentando e, não obstante um bombardeiros americanos B-52 se encontra na região. Nesta madrugada, chegaram mais quatro bombardeiros B-52 Stratofortress, que se encontram na Base Aérea Al Udeid em Doha, no Catar. A crescente preocupação de que o Irã poderá aproveitar a oportunidade de um conflito com os EUA para disparar mísseis diretamente contra Israel ou através de seus dois principais aliados na região, o Hezbollah e o Hamas, transformado assim numa guerra generalizada na região.
Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)
