Nessa quarta-feira (27), comemorou-se o dia internacional em memória das vítimas do Holocausto. A data existe para lembrar o genocídio pelo regime nazista de 6 milhões de judeus, mais 11 milhões de pessoas de outros grupos como ciganos, deficientes físicos e doentes mentais, presos políticos e homossexuais, durante a Segunda Guerra Mundial.
A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2005 e é celebrado desde 2006 no dia 27 de janeiro, dia este que marca a liberação do infame campo de concentração de Auschwitz. Infelizmente, este ano, por conta da pandemia do novo coronavírus, a data será lembrada sem grandes eventos comemorativos, para evitar aglomeração. Em Israel, o museu do Holocausto, Yad Vashem, situado na cidade de Jerusalém, adaptou seu programa, com transmissões ao vivo de cerimônias solenes por redes sociais (Youtube e Instagram). O museu criou uma campanha online pela qual internautas tinha acesso ao conteúdo e ainda compartilhar em suas redes sociais histórias de vida de vítimas do Holocausto.
Existem ainda, aqui em Israel, 178.400 sobreviventes da perversidade nazista que assolou a Europa os anos de 1939 e 1945. A média de idade das vítimas do holocausto é de entorno de 84 anos e cerca de quarenta delas morrem a cada dia. Só no ano passado foram novecentos que se foram, cerca de 50 em decorrência da covid-19. Mas se olharmos que cerca de 5.300 foram contaminados pelo novo coronavírus, o número de mortos é praticamente irrelevante à quantidade contaminada.
O presidente israelense, Reuven Rivlin, junto com outros líderes internacionais, principalmente do conselho europeu, afirmaram que trabalham juntos para preservar a memória do holocausto e lutar contra o antissemitismo.
Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)
