Infelizmente, chegou a hora, mais uma vez, o confinamento foi confirmado pelo Primeiro Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na noite de ontem (13). O Premier já adiantou que a quarentena desta vez durará pelo menos três semanas, a partir de sexta-feira, coincidindo com os feriados religiosos mais importantes para os judeus: o Rosh Hashanah (Ano Novo) e o Yom Kipur (Dia do Perdão); esta última data, ocorre dez dias após o primeiro dia do ano novo judaico. A quarentena se estenderá até o fim do feriado conhecido como Festa dos Tabernáculos, época está de grande fluxo turístico no país, que irá causar grande prejuízo para os hotéis e restaurantes. Netanyahu não teve escolha, uma vez que Israel tem 9,5 milhões de habitantes e registrou, até agora, 154 mil casos confirmados da covid-19; tendo 1.108 mortes e o que é pior, o número de infectados diários passou de 4 mil pessoas. Desta vez o governo impôs limites a circulação de pessoas e reuniões em grupo em todo país. Entre as medidas está a proibição que os israelenses se afastem por mais de 500 metros de casa, àqueles que trabalham em algo indispensável ao pais poderão sair. As reuniões familiares, um ritual tão típico desta época do ano, serão limitadas a dez pessoas em ambientes fechados. O Primeiro Ministro disse ainda que as medidas vão cobrar um preço alto para todos, principalmente por não poder comemorar em família esses feriados tão importantes para todos os judeus. A economia do país irá sofrer um impacto que certamente será pior que a da primeira onda da doença, os empresários deverão receber uma ajuda financeira do governo. Para evitar um novo confinamento, na semana passada, as autoridades impuseram toque de recolher em cerca de 40 cidades israelenses, principalmente nas localidades árabes e de judeus ortodoxos, mas isso não impediu o aumento de novos casos dessa terrível doença. Com isso, os protestos que estavam acontecendo contra Netanyahu, deverão aumentar pelo possível caos econômico que esse lockdown deverá trazer ao Estado de Israel, que nos últimos dias só viu uma coisa boa acontecer no Oriente Médio, que foi a normalização das relações diplomática entre os Emirados Árabes Unidos, Bahrein com Israel que por sinal, o Premier está neste momento a caminho dos EUA para assinar este acordo de normalização e paz entre os países supracitados.

 

 

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

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