Após o sucesso absoluto na primeira onda do novo coronavírus em Israel, o governo reconhece o fracasso nessa segunda onda e já começa a tomar as medidas profiláticas para evitar a disseminação. O governo decidiu fechar todas as lojas nos finais de semana e implementar uma política de mais restrições após o aumento dos casos do novo coronavírus. Ontem (19), foi aprovado aqui em reunião, o fechamento das lojas e praias nos finais de semana; além de proibição de mais de dez pessoas em locais fechados. Desta vez, ainda e por enquanto, as ações foram menos restritivas do que as inicialmente sugeridas pelo Ministério da Saúde, que chegou a propor um confinamento total nos finais de semana. O que mais assustou o governo foi que nessa última quinta-feira (16) quase duas mil pessoas foram infectadas, sem contar que 12 mil israelenses foram confinados por engano, já que o rastreamento por telefone que deu certo na primeira onda falhou desta vez e todos aqueles que receberam mensagens da Agência de Segurança Israelense recorreram da decisão de ficar confinados e foram liberados, após provarem que não estavam nas áreas de contato com a pessoa infectada. E se as coisas não estavam boas para o lado do Primeiro Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, onde foi alvo de diversos protestos na última semana, inclusive muitas pessoas de seu próprio partido o acusaram de corrupção e incompetência no combate a pandemia. Aliás, se não fossem os protestos, Netanyahu teria decidido de imediato um confinamento total de agora, porém a pressão popular o deixou acoado e temeroso de perder mais popularidade ainda. Por enquanto o quadro atual aqui em Israel é de 46 mil infectados, desde o início da pandemia; 20 mil curados e 384 pessoas até o dia de hoje.
Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)
