Lamentavelmente o turismo em Israel encontra-se muito franco, assim como no resto do mundo, para não dizer inexistente. Para se ter uma ideia, Israel recebe a cada ano cerca de 4,5 milhões de turistas, significando que a cada quinze pessoas que víamos nas ruas, uma era de fora. Israel só tem cerca de 8,5 milhões de habitantes, embora não represente muita coisa no PIB nacional, isso se traduz numa séria demissão em massa, já que as empresas aéreas; os hotéis; as agências de viagem e todos os sítios históricos já não precisam mais de seus funcionários, desde o mês de fevereiro, inclui-se aí também as redes de restaurantes, que caiu cerca de 70%. O governo ao reabrir os restaurantes e bares não permite que mais do que 20% da capacidade dos estabelecimentos seja ocupada, evitando assim aglomeração. É preciso levar em consideração que o Estado deixa de arrecadar cerca de 35 bilhões com o turismo, valor este que é deixado pelos turistas anualmente. A pergunta é, até quando vai isso? As perspectivas em relação ao novo coronavírus não são otimistas, principalmente porque o país vive a segunda onda do vírus, com cerca de 1.300 infectados diariamente. Para quem, já tinham zerado essa disseminação é um golpe duro de aceitar a realidade. O governo já estás perdendo credibilidade junto a população e o mesmo já não quer mais fechar com medo da reação popular, pois o caos econômico é visível, após o fechamento total do país. Certamente, o país judeu não terá mais recursos financeiros para bancar novamente a segunda onda com tudo fechado. Logo isso me recordo do que o presidente do Brasil também era contra o fechamento do comércio aí no Brasil e praticamente todos os governadores ficaram contra seu posicionamento, professor renomado aqui de Israel, Gabi Barbash, havia dito que fechar tudo era só um adiamento da disseminação, mas de forma alguma era uma solução do problema. Significando assim que Bolsonaro está certo.

 

 

 

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

 

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