Infelizmente a segunda onda do novo coronavírus está chegando a Israel, pra não dizer que já chegou. O Primeiro Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já afirmou que dentro de dez dias o número de contaminados pode duplicar, caso não retorne o distanciamento social, com uso de máscaras, luvas e obviamente uma boa higiene pessoal. O país retornou a normalidade quando havia 16 mil casos e restavam apenas 2 mil infectados; os demais haviam sido curados e apenas 230 pessoas tinham morrido. Ao retornar a normalidade; com a reabertura dos restaurantes, hotéis, escolas, shoppings centers, as fábricas e o comércio em geral; os números de novos casos começaram a crescer e agora depois de quarenta dias do término do isolamento social, já são 22.638 pessoas contaminadas, desde o início da pandemia, embora 16.600 já estão curadas e o número de mortos já subiu para 313. A pergunta é se Benjamin Netanyahu vai adotar novamente o isolamento social ou apenas adotar medidas profiláticas para evitar nova contaminações, acredito que está segunda hipótese é mais provável, já que ele não terá respaldo dos comerciantes, industriais e principalmente os banqueiros que estão absorvendo um prejuízo impressionante desde o início da pandemia. Outro ramo que sofreu impacto avassalador, sem dúvida, foi o turismo, onde abrange a aviação comercial, hotéis, restaurantes e agências de viagem. O argumento contra Netanyahu é que, se não deu certo dá primeira vez, porque daria certo uma segunda vez? Isso vem acabando com a economia. A grande diferença é que na primeira onda do coronavírus, Israel estava com respaldo financeiro para suportar o impacto, mas eu acredito que agora já não tem mais saldo bancário para bancar a segunda onda com tudo parado. Eu chego a conclusão que o nosso contestado presidente Jair Bolsonaro estava certo em não querer fechar tudo aí no Brasil.
Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)