Em tempo de coronavírus, uma boa notícia para arqueologia mundial, trata-se de uma descoberta que já havia acontecido, mas só agora é que estão vendo a importância dela. Eu estou falando da cidade que está sendo revelada na região de Yiron, que se situa não muito distante das montanhas de Manassés. As escavações nas regiões não são novidades, entretanto, com o avanço delas, um mundo novo está sendo descoberto, porque parece ser uma verdadeira metrópole da antiguidade. A cidade se localizava em um cruzamento crítico da antiga rota do mar que chamamos de Via Maris, tudo isso quando o Egito ainda formava o primeiro reino faraônico, a cerca de 2 mil anos a.C. Em Israel, uma grande cidade estava em seu auge, com a população entre 5 e 6 mil pessoas, o que para época era uma verdadeira metrópole. Ela foi erguida ainda na era do bronze precoce, possivelmente tendo coincidido com o período pós-diluviano, talvez até mesmo no período de Abraão. O sítio arqueológico de Ein Asur (Ein Asawir) parece ter muito mais a revelar e tudo vai depender das próximas temporadas de escavações. No local, que está sendo escavado com a ajuda de estudantes de Israel, já foram encontradas muitas residências, uma espécie de centro comercial, um grande templo onde foram encontradas até mesmo restos de ossos de animais, indicando sacrifícios a um deus supremo. Também foram encontradas esculturas e até mesmo alto relevo que talvez indique o início da escrita. A região está relacionada com a civilização a qual chamamos de cananeus. A área é muito fértil, além de existirem fontes dentro de onde ficava a cidade. Ainda segundo os arqueólogos, a descoberta estará lançando luz a mais detalhes da arqueologia de Israel neste período da história.
Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)
