Confirmado, o Primeiro Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, escapa de escândalo que envolvia compra de submarinos da Alemanha. Tal como sucedeu em Portugal há uns anos atrás, a compra de submarinos à Alemanha por parte do Estado de Israel está envolta em enorme polêmica e as evidências de corrupção estão a atingir uma série de políticos – mas o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu parece conseguir escapar a este vendaval. A polícia israelita ‘vasculhou’ Benjamin Netanyahu ao longo da investigação de um dos maiores casos de corrupção da história do país e acusou alguns de seus colaboradores mais próximos pelo chamado caso 3000: a compra de submarinos aos estaleiros alemães da ThyssenKrupp para a Marinha israelita por 1.800 milhões de euros. O advogado pessoal e primo de Netanyahu, David Shimron; o ex-chefe do seu gabinete interno, David Sharan; o ex-ministro das Infraestruturas Eliezer Zandberg; e um ex-chefe da Marinha de Guerra, o almirante Eliezer Marom fazem parte da lista que a polícia de investigação entregou à Procuradoria-Geral do país para que esta estrutura redija uma acusação formal. Netanyahu saiu ileso da longa investigação sobre o escândalo da aquisição do submarino, apesar de ter sido interrogado em várias ocasiões. Os eventuais subornos na compra dos submarinos alemães poderiam ser o fim da carreira política de Netanyahu, que está há 12 anos à frente do governo. Mas a sua não inclusão na lista de futuros acusados deixa o líder do Likud, o partido conservador que lidera, em posição para concorrer a um quarto mandato consecutivo.

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

 

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