Este último conflito entre Israel e a Palestina, lá na Faixa de Gaza, não poderia ser pior para o Primeiro Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Ao aceitar a proposta do Ministro das Relações Exteriores egípcio no que concerne ao cessar-fogo entre o Hamas e Israel, Bibi  (como é chamado Benjamin Netanyahu aqui em Israel), tornou-se muito impopular, principalmente por se opor ao ex-Ministro da Defesa israelense, Avigdor Lieberman, que queria entrar com os tanques na Faixa de Gaza, a fim de aniquilar o Hamas de uma vez por todas. Liberman não tendo o respaldo do Primeiro Ministro, renunciou ao cargo e levou consigo todos os parlamentares de seu partido, renunciando a importante coalizão que faziam dom Netanyahu, dando a entender que não tinham escolha e partir para uma nova eleição. No sistema parlamentarista israelense, o Primeiro Ministro teria de ter a maioria no congresso, coisa está que ele já não tem mais. Confirmando essa expectativa, Bibi já tinha cancelado todas as reuniões que havia marcado com os demais partidos, para ver se solucionaria a saída de Liberman da coalizão. Netanyahu tem agora duas opções, a primeira é tentar ampliar a coalizão com partidos de centro e esquerda, coisa está que é muito difícil, uma vez que os opositores estavam esperando por uma ocasião como essa para competir em uma nova eleição  e a segunda opção é aderir os partidos ortodoxos de extrema-direita, fato este que o partido de Netanyahu não concordaria, porque são muito poucos para pedir muito, desta maneira, a melhor saída é convocar novas eleições, o que será decidido na noite de hoje (19).

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

 

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