Ao meio dia de ontem (18), horário do Brasil, teve o início o terrível dia para todos os judeus, o Yom Kippur, em tradução para o português seria o “Dia do Perdão”. A data se estende até o próximo pôr do sol, já que o dia se inicia e termina com o pôr do sol, daí nossa tradição de se comemorar os feriados na véspera, como por exemplo o Natal que se comemora na noite do dia 24, se estendendo até o dia 25 de dezembro. o Yom Kippur é o dia em que Deus analisa o dia de cada um e decide se irá dar mais um ano de vida ou não. Os judeus rezam e pedem a Deus perdão pelos pecados e que pedem que sejam inseridos no livro da vida por mais um ano. O dia é caracterizado por uma paralisação geral, é o dia sem carros circulando, trens, ônibus, ou aviões, o aeroporto é fechado por vinte e cinco horas, impedindo aterrissagem de cerca de 500 voos diários, média israelense, tudo isso dentro de um jejum total, sem água e comida. As ruas ficam desertas e lembram uma cidade fantasma, um verdadeiro paraíso para todas as crianças circularem de bicicleta no meio da rua, vale salientar que o jejum só vale a partir de treze anos de idade para os meninos e doze anos para as meninas. Os dois órgãos que continuam funcionando normalmente em Israel são hospitais e delegacias de polícia. Foi se aproveitando dessa situação que em 1973, que ficou conhecida como a guerra do Yom Kippur, onde a Síria e o Egito atacaram Israel, o fato serviu para alertar o povo judeu, especialmente neste dia o exército fica especialmente prevenido para que a história não se repita.

 

 

Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)

 

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