Enquanto a Casa Branca vem falando que há um plano para agilizar e concretizar o processo de paz entre Palestina e Israel, o exército israelense anunciou ontem (19) que atacou na madrugada do último domingo (18) uma instalação subterrânea do Hamas, na Faixa de Gaza, e destruiu um túnel em construção que seria usado para atacar cidadãos israelenses daquela região. Tudo começou, como sempre, com os foguetes lançados na Faixa de Gaza pelo Hamas contra Israel e daí a represália do exército judeu, após uma explosão na fronteira entre os dois territórios, bem como um atropelamento que ocasionou a morte de dois soldados judeus e por último um atentado em Jerusalém, na Cidade Antiga, em que um segurança recebeu várias facadas que acredita-se terem sido efetuadas por um terrorista do Hamas, embora até o momento não tenha levado o segurança a morte. Com a última explosão na fronteira, já é a terceira desde a última quinta-feira (15) e o exército israelense havia inicialmente reportado um ataque contra um alvo militar do Hamas, mas sem dar detalhes. Posteriormente um porta-voz militar disse a jornalistas que o alvo se tratava de um túnel escavado na Faixa de Gaza e detectado através de uma nova tecnologia tenha sido destruído. É sabido aqui em Israel que a partir de 30 de março os habitantes da Faixa de Gaza planejam instalar centenas de tendas próximo as fronteiras israelenses durante seis semanas, como sinal de apoio aos refugiados palestinos. Após a destruição do túnel, para evitar uma nova reforma, o exército decidiu preencher a estrutura com concreto, para que no futuro o Hamas não possa mais restaurá-lo. Está frágil trégua é regularmente abalada, particularmente pelo disparo de foguetes do território palestino em direção a Israel, o país judeu por sua vez responde sistematicamente atacando posições do Hamas mesmo que estes ataques sejam atribuídos a outros grupos.
(Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)
