O Primeiro Ministro, Benjamin Netanyahu, que está nos EUA a convite do presidente Donald Trump, aproveitou o ensejo para fugir da mídia israelense no que diz respeito a investigação a respeito de corrupção passiva. Em seu discurso em Washington ele apresentou um mapa representando os países do Oriente Médio que, segundo ele, o Irá quer dominar, como por exemplo: Líbano, Síria, Faixa de Gaza e o Iêmen. Netanyahu afirmou que não permitirá de forma alguma que isso venha a acontecer, tendo apoio total dos EUA e de alguns países da região, a exemplo da Arábia Saudita. O Primeiro Ministro foi muito duro em seu discurso contra o Irã e disse que a obscuridade está tomando conta da região, falou que o país persa está construindo um império agressivo e enfatizou ainda que Bashar Al-Assad, presidente sírio, que tem o apoio total do Irã, além de permitir uma guerra sanguinária contra seu próprio povo, está permitindo ao Irã construir bases militares próximo a fronteira de Israel. Ele concluiu dizendo que a força por trás de tanto mal é a tirania radical do Irã; Netanyahu disse ainda que isso trazia uma mensagem para todos, mensagem está muito simples para a humanidade: “devemos deter o Irã e vamos detê-los”. Por enquanto o clima na Casa Branca vem favorecendo ao Primeiro Ministro e Trump já retirou o apoio americano ao acordo de 2015, em que os aliados europeus consideram essenciais para controlar a capacidade nuclear de Terãa. Israel e os EUA consideram que os limites de tempo deixam caminho livre para que o país persa consiga uma bomba nuclear e argumentam que o Irã não moderou sua posição e que seu papel na região é cada vez mais perigoso.
(Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)
