O Vice-presidente dos EUA, Mike Pence, afirmou que o cronograma para a apresentação de um plano americano sobre a paz no Oriente Médio depende exclusivamente do retorno dos palestinos as negociações com o Estado de Israel. Entretanto, após a falta de interesse do líder palestino para encontrar com o político norte-americano, e de rejeitar a mediação de Washington, após o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel; fato este que é considerado pelos palestinos como um posicionamento aberto dos EUA pró Israel; na opinião de analistas políticos, bem como a minha, que venha há existir um diálogo entre Israel e a Palestina, inclusive, muitos países árabes já consideram que os EUA não pode mais ser o mediador de um processo de paz, que abrangem pontos tão delicados, como a posse de terras. Para acirrar ainda mais os nervos dos palestinos, na última segunda-feira (22), Pence anunciou no parlamento israelense que mudança da embaixada de Tel Aviv para Jerusalém irá acontecer no final de 2019, muito antes do que tinha sido planejado anteriormente que dizia que o prédio só iria ficar pronto em quatro anos. Deputados árabes-israelenses protestaram durante o discurso de Pence na casa e foram retirados do local pelos seguranças. O último aspecto que nos dá a entender que dificilmente os palestinos venham a sentar-se com israelenses para negociar, é o da ameaça da corta de verbas (auxílio de 170 milhões de dólares) do governo dos EUA para os palestinos, preocupando a Organização das Nações Unidas (ONU), que alertou a Trump que tal ato possa gerar uma grande calamidade humanitária, caso o corte se concretize.

 

(Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv)

 

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *