Os jornalistas árabes vêm condenando os ataques palestinos em Jerusalém, pelo que um interessante artigo foi publicado no Instituto de Pesquisa da Mídia do Oriente Médio, e temos o privilégio de trazer aqui para você um resumo das principais declarações feitas por jornalistas árabes. Após 14 de julho de 2017, incluindo o tiroteio na mesquita Al-Aqsa, em que vários artigos na mídia árabe saíram contra o ataque, chamando os palestinos a abandonar o caminho da violência e do fanatismo religioso para trocá-lo por investimento em educação, ciência e tecnologia. Eles dizem que isso pode trazer uma geração mais iluminada deixando de lado o domínio da loucura religiosa que até agora só trouxe ações sem lógica, contrárias ao islamismo. Pelo menos, essas foram as palavras do jornalista iraquiano Omar Al-Khatib que pediu aos palestinos para cessar a violência. Ele acrescentou que custou aos palestinos muitas baixas desnecessárias. Já outro jornalista saudita Mujahid ‘Abd Al-Muta’ali afirmou que a solidariedade com os campos de refugiados na diáspora tem precedência ao que aconteceu na mesquita, já que a vida humana é inumeramente mais importante que as pedras, sugerindo assim o que o colega anterior afirmou, ou seja, o palestino precisa investir na educação. Já aqui em Israel, o advogado árabe-israelense Jawad Boulos advertiu contra a crescente vontade dos jovens árabes israelenses de morrer e matar em nome da religião. No lugar disso, eles devem lutar contra os elementos que influenciam a juventude neste sentido, principalmente condenar os sermões fanáticos venenosos. A única força viável é a força do cérebro, é o único meio de combater os israelenses, pois assim eles fizeram dentro do Oriente Médio e por isso ninguém conseguiu vencê-los. Já Omar Al-Khatib, que nasceu em Bagdá e emigrou para a Europa Ocidental, onde realiza palestras sobre o Oriente Médio, convocou os palestinos a comportar-se com moderação, a abandonar a violência bem como o perigoso fanatismo religioso. Ele sugeriu, da mesma forma que os demais, investir na educação para produzir uma geração esclarecida que valorize e ame a vida. Desta forma, os demais países do mundo serão convencidos a apoiá-los na busca de seus objetivos e ideais. Então, que isso sirva de lição.
(Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv)
