Quem deixou a prisão no domingo (02) foi o ex-primeiro ministro, Ehud Olmert, de 71 anos, após cumprir um ano e quatro meses de pena por corrupção. Olmert, que comandou o país entre 2006 e 2009, foi solto de uma prisão em Ramla, perto de Tel Aviv, em liberdade condicional. Ele foi condenado a dois anos e três meses de prisão em 2014 por aceitar subornos de promotores imobiliários quando era prefeito de Jerusalém, antes de seu mandato como primeiro-ministro, mas acabou preso apenas em 2016 – e se tornou o primeiro ex-chefe de governo israelense a ir para a prisão. Por incrível que pareça, como líder de Israel, Olmert foi o último a tentar negociar um acordo de paz com palestinos. Ele conseguiu progressos significativos nas negociações, oferecendo a retirada israelense de grande parte da Cisjordânia ocupada, mas nenhum acordo chegou a ser alcançado. Ele também travou guerra contra militantes no Líbano em 2006 e na Faixa de Gaza em 2008. Advogado de profissão e amante do luxo, de roupas caras e de boa comida, ele começou sua carreira política na década de 1970 como um legislador de direita que atacou o crime organizado em Israel. Devido a condenação, Olmert está proibido de se candidatar a cargos públicos por sete anos. Olmert deixou a prisão bastante magro, vestindo uma camiseta e calça pretas, após ser tratado em um hospital devido a dores no peito, nos seus últimos dias de prisão.
(Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv)
