Nessa segunda-feira (05), há cinquenta anos acontecia a guerra que mudaria o rosto do Oriente Médio e deixou o rastro de cinco décadas de violência, de planos de paz abortados e de decepção. A cada dia a esperança de que palestinos e israelenses cheguem a um acordo sobre coexistência de dois estados torna-se cada vez mais difícil de transformar-se em realidade. A esmagadora vitória israelense sobre os países árabes vizinhos, entre os dias 5 e 10 de junho de 1967, levou a delimitação do pequeno estado criado após a Segunda Guerra Mundial. O povo israelense adotou a proeza militar para completar a sua aspiração judaica de um retorno a Jerusalém, algo pelo qual esperavam a quase dois mil anos. Já os palestinos denunciam o que eles chamam de apropriação das terras de forma indevida, eles são contrários a prática dos assentamentos em terras palestinas. Este conflito se encontra presente em todo o tempo e em todo lugar aqui, principalmente no que se trata dos locais santos de Jerusalém, bem como toda a área que é cercada pelo muro construído por Israel, para separar a Palestina do Estado Judeu. A situação vem agravando e para se ter uma ideia, só a partir de 2008 já houve três guerras com a Faixa de Gaza, trazendo a sensação de que o acordo feito em Oslo (Noruega), com Yasser Arafa, líder da Autoridade Palestina na época, estava prestes a morrer. Para piorar ainda mais a situação e trazer ainda menos esperanças de paz na região, Israel se impôs como a principal potencia militar no Oriente Médio, modernizou-se e é tornou-se um dos países mais desenvolvido no campo da tecnologia, sendo assim, virou um país imbatível, temido e odiado por seus vizinhos. Se a guerra de 1967 não foi uma abolição ao Egito, Jordânia e a Síria, o atual potencial das forças armadas israelenses, deixa claro que eles entendem que não devem atacar Israel.
(Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv)
