A repercussão do ataque da força área israelense sobre os caminhões que estavam indo para o Líbano com armas pesadas, para serem entregues para o Hezbollah, cresceu após o ministro da defesa de Israel, Avigdor Lieberman, ter ameaçado nesse domingo (19) destruir os sistemas de defesa aérea da Síria, que dispararam na sexta-feira mísseis terra-ar contra aviões israelenses que realizavam bombardeios em território sírio. Isto tudo, caso da próxima vez que Israel ache necessário enviar seus caças para impedir o envio de armas para está organização terrorista, os sírios tentem abater os aviões israelenses. O ataque ocorreu na sexta-feira antes do amanhecer próximo a Palmira, e provocou uma resposta antiaérea das forças sírias e um disparo de míssil em direção ao território israelense, que foi interceptado. A Síria disse ter derrubado um avião e atingido outro, mas isso não foi verdade, todos os aviões chegaram aos aeroportos militares judeus. Esse foi o incidente mais sério entre os dois países, desde o início da guerra civil síria em 2011. “Todas as vezes em que constatarmos transferências de armas da Síria para o Líbano, atuaremos para impedir. Sobre este tema não há compromisso”, acrescentou o ministro da defesa. “Os sírios devem entender que são responsáveis pelo envio de armas ao Hezbollah, e enquanto continuarem permitindo isso, faremos o que temos que fazer”, advertiu Lieberman. Como a Síria viveu um de seus piores dias, ontem (20), desde o início da guerra civil, Damasco foi bombardeada terrivelmente, trazendo uma séria preocupação ao presidente sírio, Bashar al-Assad, que não respondeu as ameaças do ministro israelense, deixando no ar sinal de fraqueza, frente a atual situação de seu país.

(Mario Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv)

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