Nos últimos dias a comunidade judaica nos EUA se viu as voltas de uma série de ameaças de atentados a sinagogas e centros comunitários, além de dois episódios de vandalismo em cemitérios das cidades da Filadélfia e Saint Louis. Entre as demonstrações de simpatia, uma das que mais chamou atenção foi a oferta de muçulmanos dispostos a ajudar na vigilância dos locais ameaçados, são advogados, militares e mesmo de personalidades praticantes da religião. A comunidade judaica nos EUA denunciou ameaça de mais de 100 bombas nos últimos dois meses este ano. Na últimas segunda-feira (06) houve 31 uma ameaças e uma sinagoga no estado de Indiana teve uma janela quebrada com um tiro. Depois desses ocorridos, a comunidade judaica chamou alguns muçulmanos para passar a páscoa judaica juntos. Outros muçulmanos apresentadores de TV, caso de Momim Bhatti, usaram as redes sociais para oferecer apoio aos judeus. No final de fevereiro, uma campanha de financiamento pela internet iniciada por muçulmanos arrecadou mais de US$ 150 mil para os trabalhos de limpeza e reparos em um cemitério judaico de St. Louis – no último dia 20, mas de 170 lápides foram danificadas. O presidente Donald Trump condenou publicamente os incidentes antissemitas, dando apoio total aos judeus que foram ameaçados, alegando que este tipo de atitude não é adequado a um país como os EUA, que pregam a liberdade plena aos seus cidadãos.
(Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv)
