O Primeiro Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou como uma ótima ideia a proposta do presidente dos EUA, Donald Trump em construir um muro na fronteira do México para combater a imigração ilegal. Netanyahu recorreu a experiência israelense para ilustrar a eficiência desse tipo de medida, ao construir um muro na fronteira com o Egito a imigração ilegal dos países africanos foi reduzida a zero. “O presidente Donald Trump está certo e eu construi um muro ao longo da fronteira sul do país, parando totalmente o fluxo de imigração ilegal, concordo plenamente com ele”, disse o líder de estado israelense nas redes sociais. Todavia, os judeus mexicanos, sejam eles ortodoxos ou não, repudiaram o apoio do Primeiro Ministro de Israel ao polêmico muro proposto pelo presidente americano Donald Trump, a rejeição pública se somou a oposição da chancelaria mexicana que na segunda-feira (30) pediu que Israel se desculpasse pelo apoio que Netanyahu expressou através do Twitter, taxada de vergonhosa pelos judeus mexicanos. Diante de tamanha polêmica, o chefe de estado israelense tentou acalmar os ânimos dos mexicanos, e porque não dizer do mundo todo, afirmando que se trata de um mal entendido e que as relações bilaterais são mais fortes do que qualquer divergência. As explicações de Benjamin chegaram um pouco tarde, principalmente porque personalidades de destaques da comunidade judaica mexicana já censuraram sua mensagem sobre o muro, sugerindo que Netanyahu deva se desculpar com o povo mexicano por sua declaração infame, inclusive alguns judeus de projeção no país, como o historiados Enrique Krauze. Krauze disse que o Primeiro Ministro israelense é um “lacaio de Trump” e foi mais além, disse o que eu também penso dele: que o repudiava, o deplorava e rejeitava, não sendo digno de representar o povo judeu. Inclusive, o chefe de estado israelense esqueceu que no México vivem certa de 70 mil judeus e todos muito influentes no país.
(Mario Roberto Melo, correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv)
