MARIO ROBERTO MELO

O massacre na Síria continua e só ontem, mais de 100 pessoas morreram em ataques a bomba nas cidades de Damasco e Homs. Isso aconteceu  com duas explosões de 2 carros bombas dirigidos por suicidas. A cidade de Homs está totalmente destruída, porque foi um dos primeiros focos da guerra civil contra o presidente Bashar al-Assad. Esse conflito já dura cinco anos e o governo de Assad conseguiu retomar parte da cidade por meio de combates, bem como negociações com os insurgentes. Com isso o cessar-fogo está ameaçado e o Estado Islâmico está se aproveitando desta situação. A guerra passa a ser agora, entre aspas, entre os Estados Unidos e a Rússia. Porque os Estados Unidos vem apoiando os curdos, que são oposição ao governo Assad, enquanto os russos apoiam o governo, por interesse econômico.

Ontem o secretário de estado americano John Kerry afirmou, após conversa com o ministro russo do Interior, que um acordo provisório estabeleceria uma trégua temporária. Todavia, até o presente momento, só há muita conversa e poucos resultados. O presidente Bashar al-Assad  até diz que aceitaria o cessar-fogo, desde que os curdos, a quem ele chama de terroristas,  não procurassem tirar vantagem nesse intervalo de tempo concedido, bem como as Forças internacionais que estão apoiando os rebeldes  que se opõem ao governo. Por ultimo, para piorar as chances de um cessar-fogo, existe a interferência do Estado islâmico, surgindo como o terceiro elemento. Pelo que os analistas internacionais já estão chamando o conflito da Síria de uma Guerra Mundial localizada dentro de um território.

Por sinal, pelo numero dos mortos, já pode se comparar este aos grandes conflitos da história. Porque, em números oficiais, eles já chegam a 360 mil. Mas há quem diga que a ONU parou de contar, já faz dois anos. O que se presume que esse numero já pode ter ultrapassado a casa dos 450 mil.

Mario Roberto MeloCorrespondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv

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