O inferno continua no Mar Mediterrâneo, entre a Líbia e a Ilha de Sicilia (Itália), essa noite mais uma vez, os navios que patrulhavam a região resgataram mais de 2.700 imigrantes que estavam em barcos lotados, sem a menor segurança. Patrulhas continuam a procura de corpos, de acordo com informações da Guarda Costeira Italiana, hoje pela manhã. Barcos de diversos países, incluindo os participantes da Missão da União Europeia, batizada de Triton, foram ao resgate de dezoito embarcações diferentes carregando 2.741 imigrantes em sua totalidade. Outros trezentos foram resgatados há dois dias e chegaram ao porto siciliano de pozzallo nesta terça-feira (06) pela manhã, a bordo de um navio do Médicos Sem Fronteiras. As autoridades levaram a terra um cadáver em um caixão de metal, sabe-se que tem outros 14 que morreram, mas que ainda não foram encontrados.
Esta é a pior crise migratória da Europa, desde a 2ª Guerra Mundial e está concentrada atualmente na Itália, depois do pandemônio que ocorreu entre a Turquia e a Grécia, pela morte de vários sírios, iraquianos e libaneses que fogem dos conflitos do Oriente Médio. O salto de mortes na rota do Norte da África para a Itália está piorando já saltou de 1 imigrante para 42 imigrantes por dia. No ano passado está estatística era de 1 para cada 52 e agora a tendência é piorar porque está chegando o outono e o mar fica muito calmo nesta época do ano. Está é uma das últimas cartadas dessas pessoas é chegar ao continente europeu, fugindo da fome, da miséria e do risco de morte dos conflitos que vem ocorrendo naquele continente.
(Mario Robero Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv)
