Como todos nós sabemos, nas Olimpíadas de Munique em 1972 aconteceu uma tragédia, quando terroristas palestinos ajudados por dois alemães, mataram onze atletas israelenses, o que até hoje é lembrado com muita tristeza. O Brasil, através do Comitê Olímpico nacional e do Ministro das Relações Exteriores José Serra, comentou sobre alguns episódios de intolerância religiosa e reações de anti-semitismo, que ocorreram durante a Rio 2016. Como por exemplo, foram citadas algumas manifestações infelizes e deploráveis, onde o fanatismo e a intolerância demonstraram mais uma vez serem péssimos ingredientes para que se chegue com eles, â tão sonhada paz mundial. Foi enfatizado o incidente no qual um judoca egípcio se recusou de apertar a mão do seu rival israelense. Também foi realizada uma cerimônia que reuniu os familiares das vítimas, representantes da delegação israelense e do COI, além de autoridades brasileiras. É primeira vez que acontece, durante a realização de uma Olimpíada, o reconhecimento oficial em memória das vitimas do maior atentado terrorista já acontecido em um evento esportivo. José Serra disse que essa é uma homenagem que representa um avanço para o lema dos Jogos Olímpicos, que é a união dos povos. Durante a cerimônia os participantes fizeram um minuto de silêncio e duas orações em homenagem às vítimas. Uma cantora israelense também participou do evento, cantando a música “Stars of September”. E o momento mais emocionante se deu quando foram acesas onze velas representando os atletas mortos naquele atentado. Entre as pessoas escolhidas para acender as chamas, estavam autoridades brasileira e israelenses, bem como integrantes da delegação de Israel nos Jogos do Rio. Essa cerimônia teve uma repercussão imensa em Israel, onde o Estado judeu reconheceu que o Brasil foi o primeiro país do mundo a homenagear as vitimas daquele atentado, que chocou a todos.
Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv