Para que o “provérbio” que o Hamas só entende o diálogo da força é verdadeiro.Ontem (09) após Israel bombardear uma das sedes do grupo terrorista, no centro da cidade, um edifício de cinco andares que foi totalmente destruído em um bombardeio cirúrgico que pouquíssimos países poderiam efetuar, isto é, somente este edifício foi atingido, evitando que os imóveis vizinhos fosse danificados e consequentemente vítimas inocentes. Só assim o Hamas reuniu os seus líderes e ontem a noite, horário aqui de Israel, o grupo decidiu pelo cessar-fogo com Israel. Como não poderia deixar de ser, durante esse confronto, houveram vítimas fatais, um israelense e três palestinos, por sinal, trata-se do primeiro soldado israelense morto nos arredores da Faixa de Gaza desde a guerra de 2014. Em resposta Israel bombardeou a palestina, pelo que o céu de Gaza ficou cheio de bolas de fogo e espessas nuvens de fumaça. A situação em Gaza ficou particularmente tensa desde o dia 30 de março, quando o governo dos EUA aprovaram a mudança da embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém, reconhecendo assim a Cidade Santa como capital do território israelense, cidade está que os palestinos reivindicam como sua capital. Em contrapartida os palestinos começaram a protestar regularmente na zona fronteiriça para de lá empinarem as pipas incendiarias, gerando o agravamento da situação e deixando 149 palestinos mortos quando tentaram invadir a fronteira. E para evitar uma nova guerra, o enviado especial da ONU para Oriente Médio, Nickolay Mladenov, pediu moderação a Israel e ao Hamas. Antes cessar-fogo, após três disparos do Hamas contra Israel, o ministro da defesa israelense disse que o seu país alertou que reagiria com muito mais força do que os palestinos pensavam e que a paciência estava chegando ao fim. O que importa é que desde ontem, após o cessar-fogo e até a este momento, nenhum missíl foi disparado na Faixa de Gaza.
Mário Roberto Melo – (Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv, Israel)
