Dallari explica por que CNV rejeitou tese do assassinato do ex-presidente Juscelino Kubitscheck

A Comissão Nacional da Verdade (CNV) concluiu em relatório preliminar, apresentado ontem em Brasília, que a morte do ex-presidente da República Juscelino Kubitschek e seu motorista, Geraldo Ribeiro, foi decorrente do acidente automobilístico sofrido na Rodovia Presidente Dutra, em agosto de 1976. A conclusão contraria a tese de homicídio defendida em dezembro pela Comissão Municipal da Verdade de São Paulo.

“Não há documentos, laudos e fotografias trazidos para a presente análise, qualquer elemento material que, sequer, sugira que o ex-presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira e Geraldo Ribeiro tenham sido assassinados, vítimas de homicídio doloso”, de acordo com trecho do relatório da comissão. Peritos criminais da Comissão Nacional da Verdade trabalharam com provas materiais do acidente, pesquisas documentais, diligências e perícias.

A investigação da comissão avaliou, inclusive, o fragmento metálico encontrado na cabeça de Geraldo Ribeiro em exumação feita em 1996. Tal evidência levantou suspeitas de que o motorista havia sido assassinado com um tiro na cabeça. Porém, após análise desse fragmento e do próprio crânio, os peritos concluíram que se tratava de um cravo metálico usado para fixar o revestimento do caixão.

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