COM FUNDO NO FUNDO DO POÇO – 

A pandemia chegou no ápice da mortandade no Brasil, um genocídio vem ocorrendo com milhares de mortes diariamente.

No Brasil a pandemia ainda vem acompanhada com a insanidade da politização, com a cafajestagem da torcida pelo vírus e uma guerra de narrativas.

Nesta balbúrdia generalizada é preciso colocar a verdade dos fatos à frente de conceitos, xingamentos e acusações e nesta linha a verdade precisa ser colocada em números e não apenas em argumentos.

Desta feita me ative ao portal da transparência do Fundo Nacional da Saúde, para ver os valores transferidos para os Fundos Estaduais de Saúde e os respectivos saldos.

No Rio Grande do Norte por exemplo, estado que já contabilizou mais de 4 mil óbitos, a Governadora Fátima Bezerra tem a sua disposição cerca de 161 milhões de reais, sendo 111 milhões aproximadamente para custeio.

Na Paraíba o saldo é ainda maior, o Governador João Azevedo tem a sua disposição a monta de 241 milhões de reais com o risco de colapso por falta de leitos de UTI eminente.

No Amazonas, estado que teve mortes por falta de oxigênio na rede pública de saúde, o Governador Wilson Lima tem à disposição mais de 500 milhões de reais no Fundo Estadual de Saúde.

Em São Paulo, estado que registra o maior número de óbitos, já ultrapassando 60 mil vidas ceifadas, o Governador João Dória tem em caixa, no Fundo Estadual de Saúde, quase um Bilhão e Meio de reais.

Em todos os estados e municípios há recursos em abundância para abertura de novos leitos, para campanhas de testes rápidos, para adquirir insumos, equipamentos, medicamentos e até vacinas, caso queiram complementar as mais de 500 milhões de doses de vacinas contratadas pelo governo federal.

Literalmente estamos no fundo do poço com fundo, com bilhões à disposição de todos os governantes, desde o presidente até o prefeito do menor município do país.

O que nos falta? Competência? O que nos falta? Decência?

Uma coisa é certa, um escândalo, um absurdo, um cidadão morrer por falta de leitos de UTI com governadores e prefeitos sentados numa fortuna disponível às suas respectivas canetas.

 

 

 

 

 

Renato Cunha Lima – Administrador de Empresas

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