Com isso, pacientes do maior hospital da rede pública do Rio Grande do Norte precisam ser transferidos de setor pelas escadas, amarrados em macas ou em cadeiras de rodas.
A mãe do autônomo Lindemberg Bezerra tem 69 anos e sofreu um AVC. Ela foi levada por quatro maqueiros pela escada, em uma maca e intubada.
Na porta do centro cirúrgico, o filho aguardava o fim da cirurgia e se queixou da faltade estrutura.
“O estado está largado. Ela podia ter subido com uma assistência até melhor. Não é culpa dos maqueiros, mas é errado”, disse.
Outra paciente com crise de apendicite subiu as escadas levada em uma cadeira de rodas, gemendo com as dores. Três maqueiros se esforçavam para subir a mulher para o primeiro andar, tentando não provocar impacto na cadeira, a fim de evitar maior sofrimento para a mulher.
“É um absurdo o serviço público tratar as pessoas dessa forma. Fico entristecido porque a gente paga nossos impostos e o governo não repassa aos servidores e prestadores de serviço do hospital”, disse o marido da paciente, que pediu para não ser identificado.
A Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte informou que um dos dois elevadores foi consertado na tarde de quinta-feira (4), no entanto a equipe da Inter TV visitou o hospital e foi informada pelos servidores que as duas máquinas continuavam quebradas.
A Inter TV solicitou novo posicionamento da Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte, mas não recebeu retorno sobre o assunto até a última atualização desta reportagem.
Os maqueiros contam que estão fazendo o transporte de pacientes mais graves, enquanto, nos casos mais simples, as pessoas voltaram a ser internadas nos corredores.
O hospital conta com outros dois elevadores em outros setores, ambos em funcionamento.
Fonte: G1RN
