A imunoterapia tem se mostrado um método eficaz de tratar o câncer, embora dependa de algumas variáveis para que funcione melhor. Um estudo recente mostrou que o tratamento pode ser mais eficiente se administrado diferentemente para homens e mulheres. Uma outra pesquisa, publicada no periódico Journal of Experimental Medicine, descobriu que quando os níveis de colesterol são reduzidos, a imunoterapia se torna mais funcional. A imunoterapia usa o sistema imunológico do próprio corpo para combater as células cancerígenas. Um tipo de imunização passiva, que funciona com base na transferência de células T adotivas, o que faz com que os glóbulos brancos se concentrem em um tipo específico de câncer antes de serem transplantados para o paciente. A transferência de células T adotivas ainda é uma tecnologia nova e por isso os cientistas ainda estão trabalhando para melhorar a terapia e torná-la tão eficaz quanto possível.

Qing Yi, do Instituto de Pesquisa Cleveland Clinic Lerner, em Ohio, nos Estados Unidos, está interessado em saber como o colesterol pode desempenhar um papel no sucesso da transferência dessas células. Usando perfis de genes, uma técnica que permite aos cientistas ver quais genes estão “ligados” em uma célula T, descobriram que a mais eficaz delas, chamada Tc9, continha bem menos colesterol. Após a descoberta, os cientistas acrescentaram drogas redutoras de colesterol às células cancerosas antes de tratá-las. Como esperavam, isso teve o efeito de ativar vias anticancerígenas. Numa segunda parte do estudo, usaram um modelo animal com um tumor e descobriram que, quando os níveis de colesterol foram reduzidos antes do início da imunoterapia, houve um melhor funcionamento dos efeitos antitumorais. Com esses resultados positivos, os cientistas planejam continuar sua linha de investigação e embarcar em testes clínicos o mais rápido possível. “Nossos estudos sugerem uma maneira relativamente simples e econômica de melhorar a terapia de transferência de células T”, afirma Yi.

Fonte:VivaBem

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