COISAS QUE EU VI, OUVI OU VIVI: COISAS DO INFERNO ASTRAL, COISAS DE CHUTAR CACHORRO MORTO E OUTRAS COISITAS MAIS –
MENTE DESCONCENTRADA
Estou num dia em que as ideias estão dispersas, não têm uma origem certa e nem destino determinado.
Coisas, até sem nexo, me vem à mente, me fazendo rir desse momento de falta de concentração.
Não tenho problemas existenciais, portanto, não existem questões ou dúvidas sobre o significado da minha vida vivida, das minhas escolhas do momento e nem do meu futuro.
O que existe mesmo, é essa incerteza pela qual estamos todos nós passando no mundo, e, em especial, no Brasil.
A Rússia e a Ucrânia continuam uma guerra inconsequente, mesmo que o Nove Dedos, tenha imaginado, há dois anos, resolvê-la numa mesa de bar, tomando uma cervejinha.
Após o ataque absurdo do “Hamas”, a Israel, quando até crianças judias foram assassinadas, sendo colocadas em um forno aceso, Israel, com todo o seu poderio e inteligência, procura expulsa-los da Faixa de Gaza, com inúmeras mortes, porém, numa guerra ainda indefinida.
O Governo Trump, cumprindo uma promessa de campanha, resolve colocar em prática uma nova ordem mundial, para restabelecer a indústria e o emprego interno, e, consequentemente, reaver o seu lugar hegemônico na economia do mundo, e assim, a guerra das tarifas, continua.
Enquanto isso, o Brasil “pena” por ter “eleito”, um condenado por roubo, em várias instâncias, que foi “descondenado” por um tribunal que deveria ser constitucional, mas aprendeu, e lhe foi permitido, ser político, ultrapassando todos os limites constitucionais.
O fato, é que o “presidente”, está levando o País à bancarrota e o stf, está fazendo o que quer.
O povo que fez o L, está cada dia mais descrente do futuro, sem comer a picanha prometida, vendo o roubo do celular – que era somente para o ladrão tomar uma cervejinha – se transformar em desassossego, vivendo permanentemente perturbado, preocupado e estressado, diante de um quadro de insegurança.
Não bastassem os problemas econômicos e financeiros, segue o Brasil na rota das ditaduras de banana, com instabilidade política, onde a corrupção abunda, e é aí, que participam os “nossos” deputados e senadores.
Daí a pergunta que está “no ar”. AONDE VAMOS PARAR?
Mergulhado nesse mar confuso, recebo uma ligação de Expedito, que vai logo me perguntando pelas novidades, e eu lhe respondo.
Expedito, estou tão sem novidades, mas com tantas incertezas, que me dei ao luxo de botar o pensamento para voar.
E cuma é iço Dôtô?
KKKK. Expedito, é como voltar os olhos para um ambiente vazio – quando não se está fitando ou mirando nada – e deixar a mente navegar, sem rumo.
Eu seio acuma é iço. As veis eu tô assim, e Cristina pregunta: pençando im quê, Expedito? E inda diz: quiria entrá neça cabêça prá sabê dêces pensamento. Mais, se intraçe, num ia incontrá nada.
INFERNO ASTRAL
Pur falá niço, tava cunvesando cum as minina da facudade e elas faláro sobri inferno astral, e dixero qui as pessoa fica um meio disorientada.
O sinhô tá açim? Tá cem namorada?
Não, Expedito. Graças a Deus, não.
O sinhô já iscutou alguém dizê: “estou no meu inferno astral”?
Já Expedito. Muitas vezes, quem está dizendo, nem sabe a origem da expressão, mas, com certeza, está se sentindo em dificuldades, com frustações, enfim, com o sentimento de que as coisas estão fugindo do seu planejamento, fugindo do seu controle.
Dôtô, e de ondi vem iço? Os animal, sofre muita infruênça da lua. Tem arguma coisa a vê?
Bem. Segundo consta, o “inferno astral”, do indivíduo, é o período que corresponde aos últimos 30 dias que antecedem ao seu aniversário, e a astrologia diz que as energias cósmicas, ficam desfavoráveis.
Dôtô. Agora, me alembrei de uma coisa, qui tem relação cum os astro.
Dizem qui o Dôtô Dijalma Marinho era muito impreoculpado cum as coisa du distino e criditava nais supestição.
As primeira coisa qui fazia, quando acordava, era lê os jornal, e ia logo déréto nos horóspico.
Agnelo Alves, era o “fáis tudo” do Jornal Tribuna do Norte, inscrusive, fazia o horóspico.
Entonce, nas época da campanha pru gunverno du istado, quando ía tê um grande cumício de Dôtô Dijalma, Agnelo acolocava no siguino dele: “hoji num é um bom dia prá fazê cumício, pois vái dá tudo herrado”.
Pronto. Era o insuficiente. Dôtô Dijalma, ficava nelvoso e os cumício num prestava.
Foi minha visinha Honorina, qui mim contô. Ela adora eça história de siguinos.
Olhi. Eu axo, qui o povo dos gunverno tá nu inferno astral. Os ministro de Lula e inté us do stf, tão batendo cabeça, e o póprio Lula, num diz coisa cum coisa.
O Sinhô, viu qui eli chamô a Deretora do FMI de “mulhézinha”?
Vi Expedito. Em uma de suas últimas falas descontroladas, chegou até a declarar que roubou. É muita sinceridade, ou cachaça.
No entanto, o que está ocorrendo, não se resume às declarações de Lula. O governo está mesmo, sem comando e sem rumo.
É verdade, Dôtô. Nas minha inguinorança, axu qui sim.
O Sinhô viu o inçáio de foto de Alexandri Imorais?
Ví Expedito. Beira os limites do ridículo.
Dôtô, as minina da facudade dixe qui era uma desmonstração de comprexo. Só fartou preguntá “ispelho meu, ispelho meu, inziste alguém mais ridículo du qui eu?
Expedito, dizem os entendidos, que além de ser um psicopata ele é narcisista, e tem transtorno de personalidade.
Ói, Dôtô. Eu axu qui o Imorais chegô no fim da linha. Num tem mais prá onde ir. Agora, é dêcê. É caí.
Sabi aquêlis coquêro véio das beira de praia, bem arto? Apois é. Alexandri chegô nas fôia. Dali num páça. Vai cumeçá a dêcê.
CHUTAR CACHORRO MORTO
Dôtô, tava vendo astro dia um reporte da TV, e ele falô qui o povo táva iguá a “cachorro morto”. Os gunvêrno, os jornal, o judiciáro, tudo, tudo, só quiria chutá o povo, e o povo num reajia.
Eu intendi, qui o povo tava “apanhando mais du qui côro de pisá fumo”. É isso mermo?
Olha Expedito. O ditado popular diz: “é fácil chutar cachorro morto”, e a justificativa é, exatamente, o fato de que não possuem capacidade de reação.
E de onde vêm iço, dôtô?
Expedito, eu não tenho uma boa explicação, quanto a origem da expressão.
Já li até, uma fábula, que fala que os lobos, quando expulsos da alcateia, vagam sozinhos, solitários e perigosamente, por terrenos desconhecidos, e, por isso, passam fome, são humilhados e maltratados. Com o tempo, suas forças vão diminuindo e suas garras se tornando inofensivas.
Dessa imagem, pode ter resultado a expressão: “é fácil chutar cachorro morto”.
Dôtô, tem pouco tempo, qui nóis era paricido cum essi cachôro morto de sua istória, pois nóis istava sujeito ao sistêma covardi, e nóis istava cum medo.
Entonces nóis era xutado, pur tudo qui nois dizia ou fazia.
Expedito, e mudou? Na sua opinião, o que foi que houve?
Eu axu qui nóis tamo aprendendo a perdê o medo. Axu qui nóis tamo mudándo as manêra di vê as coisa, prá num sê vítima de tanto sofrê, e prá deixá de sê “cachôro morto”.
Mermo cem querê ser insubimiço e rebeldi, istamo vortando a fazê nossa alcateia, pois daqui ninguém tira nóis.
Olha, meu amigo. Foi muito bom conversar com você, para colocar um pouco de ordem nessas minhas divagações.
Pensando bem, Expedito. Sabe aquela cachaça Extrema, que fica azulada, quando se coloca dentro, umas flores de clitória?
Pois hoje, quem vai beber uma dose, sou eu.
Então, diz ele: purquê eu tô fóra dessa festa? Qui shô da Xuxa é esse? Lá vou eu tombém. Chau!
Como não desliga o celular, escuto o grito: Cristina, meu amôzinho, cadê aquela cachaça azulada?
Então, já conversando com Cristina, diz: adespois dessas cunversa, cum o Dôtô, mim deu umas idéia, qui num tem nada de inferno astral e nem de cachôro morto.
Só amô. Vamo?
Antonio José Ferreira de Melo – economista – [email protected]
