Micro-rede de eletrodos milimétrica é exibida em Melbourne, Austrália. O objetivo é que o mecanismo capte e converta sinais neurais em comandos elétricos que permitam que pacientes paralíticos controlem membros biônicos ou uma cadeira de rodas (Foto: Reuters/Universidade de Melbourne)

Computadores, cadeiras de roda e próteses controladas pelo pensamento podem estar disponíveis dentro de uma década, afirmam cientistas australianos que criaram uma nova tecnologia. Os cientistas planejam conduzir testes em humanos no ano que vem com um implante que pode captar e transmitir sinais cerebrais.

A dispositivo, do tamanho de um palito de fósforo, já foi testado em animais, implantado em vasos sanguíneos próximos ao cérebro. O produto foi batizado de stentrode, porque é essencialmente um stent (uma malha microscópica em forma de tubo) com eletrodos (terminações metálicas que captam eletricidade).

A ideia é usar os sinais elétricos que o dispositivo capta para convertê-los em informações que possam ser usadas para controlar algo como um braço biônico, afirmam os cientistas.

O método atual para acessar sinais cerebrais precisos requer cirurgias complexas com abertura do crânio e se torna menos eficiente após alguns meses. O stentrode é menos invasivo porque pode ser inserido por uma veia no pescoço do paciente e posicionado em um vaso sanguíneo perto do cérebro.

Outros potenciais usos para o stentrode incluem o monitoramento de sinais cerebrais de pessoas com epilepsia para antecipar a ocorrência de uma convulsão. Caso tenha sucesso, o dispositivo também pode permitir a um paciente se comunicar por computador, afirma Clive May, professor do Instituto Florey de Neurociências e Saúde Mental, que trabalha no projeto.

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