
O ministério da Saúde do Chile confirmou neste sábado (26) o primeiro caso do vírus zika no Chile transmitido sexualmente – única forma de transmissão do vírus na parte continental do país, devido à ausência do mosquito. Uma mulher de 46 anos, parceira de um homem infectado com zika no Haiti, é a pessoa em quem foi detectado o vírus. As autoridades ressaltaram que este é o primeiro caso documentado de vírus da zika por transmissão sexual no Chile. Segundo o comunicado do ministério, até agora foram confirmados 10 casos de zika em pessoas que contraíram o vírus no exterior e foram notificados no país, oito deles em 2016.
No início de março, o Chile relatou o primeiro caso importado de infecção pelo vírus da zika em uma mulher grávida, cujo filho nasceu há três semanas “clinicamente saudável”. Embora o mosquito transmissor da dengue e da chikungunya não esteja presente no Chile continental, o Aedes existe na Ilha de Páscoa (oceano Pacífico). Em 2014, foram notificados 173 contágios, mas nenhum caso de má-formação em fetos se apresentou. O surto de zika e sua potencial associação com má-formações congênitas levou a OMS a declarar uma emergência global. A transmissão local do vírus já foi registrada na maioria dos países da América Latina e do Caribe.