Alunos e funcionários da Escola Municipal Vereadora Marielle Franco, na Maré, se protegem de tiros no corredor da escola — Foto: Arquivo pessoal
Alunos e funcionários da Escola Municipal Vereadora Marielle Franco, na Maré, se protegem de tiros no corredor da escola — Foto: Arquivo pessoal

O homem apontado como um dos chefes do Terceiro Comando Puro (TCP) no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, foi morto nesta sexta-feira (26) em uma “operação emergencial” da Polícia Civil do RJ. Edmilson Marques de Oliveira, o Cria, tinha ganhado poder na comunidade após a morte de Thiago da Silva Folly, o TH, em maio.

A Polícia Civil informou que a ação foi deflagrada a fim de conter uma possível invasão, a partir da Maré, para o TCP retomar o Morro dos Macacos, que há alguns meses está sob o jugo do Comando Vermelho. Diante da “movimentação atípica” de criminosos na Maré, equipes foram à Vila do João e à Vila dos Pinheiros.

Tão logo os agentes chegaram, houve intensos tiroteios. Ao longo da manhã, a Linha Amarela foi interditada preventivamente e em diferentes momentos entre a Linha Vermelha e a Avenida Brasil.

Moradores, acuados, ficaram em casa. Alunos e funcionários da Escola Municipal Vereadora Marielle Franco tiveram de ir para os corredores para se proteger dos disparos.

Até a última atualização desta reportagem, não havia informações sobre outros feridos.

Impactos

Às 8h50, a Linha Amarela era fechada pela 1ª vez — e ao longo da manhã outros bloqueios preventivos foram implantados. O Rio Ônibus informou que devido a essas interdições, 38 linhas foram impactadas.

Veículos, entre vários caminhões, foram tomados por criminosos e atravessados para formar barricadas.

A Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro disse que 2 escolas precisaram ser fechadas.

Na rede municipal, colégios já estavam em atividade quando os tiros começaram. Alunos e funcionários da Escola Municipal Vereadora Marielle Franco tiveram de ir para os corredores para se proteger dos disparos.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) emitiu um comunicado em que recomendava a não aplicação de provas e o abono de faltas nos campus da entidade.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que uma unidade de atenção primária que atende a região precisou interromper o funcionamento para a segurança de profissionais e usuários.

“Um centro municipal de saúde suspendeu o funcionamento e avalia a possibilidade de abertura nas próximas horas. Uma clínica da família mantém o atendimento à população, porém as atividades externas realizadas no território, como as visitas domiciliares, estão suspensas”, detalhou.

Fonte: G1

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