O trator operando em cima do monte formado pelo carregamento é algo inusitado no local

Cerca de 23 mil toneladas de sal  estão estocadas no Porto de Natal. Mesmo com o Terminal Salineiro de Areia Branca em plena operação, o porto da capital passou a receber o produto que posiciona o Rio Grande do Norte como o estado que mais exporta. A medida, segundo a Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), atende a demandas logísticas de empresas da indústria salineira, e não estaria ligada a nenhuma deficiência operacional do Terminal Salineiro de Areia Branca.

O porto localizado na região da Costa Branca movimentou em 2014 1,5 de toneladas de sal, de acordo com dados da Companhia. A expectativa é fechar 2015 com 1,9 milhão e a meta para 2016 é atingir 2,5 de toneladas.

Emerson Fernandes, diretor-presidente da Codern, explica que a falta de barcaças, embarcações utilizadas para transportar o produto das salineiras ao Porto-Ilha, em Areia Branca, levou a companhia a autorizar o estoque e posterior carregamento do material. “Ocorre que uma dessas empresas propôs fazer essa movimentação no porto de Natal, devido à falta de barcaça. As empresas que não as possuem podem trazê-las em caminhões caçambas para descarregar no porto”, disse.

As toneladas de sal estão estocadas no limite norte do porto de Natal, área essa que corresponde à divisão do complexo portuário com a Comunidade do Maruim. Apenas uma rede de contenção separa o material e as casas. Moradores estariam incomodados, principalmente com a movimentação de máquinas no local. Para o diretor, não há motivos para preocupação, o que também justificaria a dispensa de licenças ambientais.

A futura desocupação da comunidade é apontada pelo diretor como um atenuante ao fato da carga ocupar espaço próximo às casas dos moradores do Maruim, cuja área deverá ser incorporada ao espaço físico do Porto de Natal, embora reconheça que os moradores atingidos terão garantidas suas moradias no Residencial Maruim.

O Ministério Público Federal (MPF) abrirá procedimento administrativo para constatar eventuais irregularidades em relação ao armazenamento do produto no porto de Natal.

Fonte: Tribuna do Norte

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