Calçada sem rampa (Arquivo)  — Foto: RPC/Reprodução
Calçada sem rampa (Arquivo) — Foto: RPC/Reprodução

Somente 10,8% da população do Rio Grande do Norte mora em ruas com calçadas livres de obstáculos, como degraus, e apenas 14% em vias com rampas para acesso de cadeirantes. Os dados são do Censo 2022 e foram divulgados nessa quinta-feira (17) pelo IBGE.

Apesar disso, o estado é o segundo da região Nordeste com maior presença de vias com calçadas e com rampa de acessibilidade. Outro destaque positivo é que 98,5% da população mora em vias com iluminação pública.

Já a presença de bueiros ou bocas de lobo foi registrada em apenas 19,2% das localidades. Nesse aspecto, o estado teve o oitavo pior resultado Nordeste e ficou na 26ª posição nacional.

A Pesquisa das Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios do Censo 2022 analisou uma série de indicadores sobre infraestrutura e condições urbanas nas áreas residenciais.

Segundo o IBGE, no estado 90,3% dos moradores viviam em áreas com vias acessíveis a caminhões, ônibus e veículos de carga, enquanto 2% residiam em locais onde a circulação é restrita somente a motocicletas, bicicletas e pedestres. A pavimentação das vias alcançou 84,1%.

Indicadores das Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios do RN

IndicadorPercentualPosição no NordestePosição no Brasil
Via com capacidade de circulação de caminhão, ônibus, veículos de transporte de carga90,3%17ª
Via com capacidade de circulação de motocicletas, bicicletas e pedestres2%13ª
Existência de via pavimentada84,1%16ª
Existência de iluminação Pública98,5%
Existência de bueiro/boca de lobo19,2%26ª
Existência de ponto de ônibus e van3,9%19ª
Existência de calçada/passeio86,7%
Existência de calçada livre de obstáculo10,8%19ª
Existência de rampa para cadeira de rodas14,1%14ª
Existência de vias sinalizadas para bicicleta0,9%24ª
Existência de arborização (1 árvore ou mais na via)66,1%12ª

Em relação à mobilidade urbana, 3,9% dos moradores moravam em domicílios cujas vias apresentavam acesso a paradas de ônibus e vans, e 86,7% das vias contavam com calçadas – o percentual é um dos mais altos do Nordeste.

No entanto, apenas 10,8% dessas calçadas estavam livres de obstáculos, e 14,1% possuíam rampas para cadeirantes. Vias com sinalização para bicicletas foram observadas em apenas 0,9% dos casos, e 66,1% das ruas apresentaram pelo menos uma árvore.

Ainda de acordo com o IBGE, a pesquisa constatou que o acesso a serviços públicos essenciais, como água encanada, banheiro exclusivo e coleta de lixo, estiveram geralmente situados em áreas com melhores condições urbanísticas do entorno.

“As vias com circulação de veículos pesados foram mais comuns entre os domicílios com ligação à rede de água (85,17%) e coleta de lixo (85,68%). A pavimentação atingiu proporções semelhantes nos três grupos, acima de 80%, indicando uma correlação entre infraestrutura viária e presença de serviços básicos”, pontuou o relatório regional

Entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, Mossoró se destacou na arborização das vias (74,73%) e na proporção de calçadas ou passeios (94,55%), enquanto Parnamirim apresentou a maior taxa de vias com circulação de veículos pesados (96,49%) e boa cobertura de vias pavimentadas (90,57%).

Já Natal liderou na presença de bueiros ou bocas de lobo (35,23%) e também registrou alta disponibilidade de rampas para cadeirantes (18,21%).

São Gonçalo do Amarante sobressaiu na presença de vias sinalizadas para bicicletas (2,2%) e em iluminação pública (98,84%), embora tenha obtido os menores índices de bueiros (11,65%) e arborização (56,78%) entre os municípios analisados.

A existência de obstáculos nas calçadas foi um problema comum, com altos percentuais em todas as cidades, especialmente em Mossoró (84,2%) e São Gonçalo do Amarante (80,99%).

Fonte: G1RN

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