DE CARONA NA COVID-19 – José Delfino

DE CARONA NA COVID-19 – Acordei, pra variar, um retardado como sempre. Vencido, hoje, pela bola da vez, a diferença de fuso horário. O que adoro mesmo é ler notícias do dia anterior e assuntar extrapolações começando a se esboçar. Mas hoje chegou a ocasião da exceção à regra. Plugado estou na RTFrance a exibir […]

DE CARONA NO CORONA II – José Delfino

DE CARONA NO CORONA II – Quem gosta de viver socorre-se em fatos. Anota aí: a vida pareceria estar dentro de nós inserida não só naquilo em que se crê. Também na sua maquiagem. Aquilo com que a gente se pinta, se cobre, se veste, faz de conta e aparenta. Atitude bem racional, pois pareceria […]

DA CARONA NO CORONA – José Delfino

DA CARONA NO CORONA – Vou baixar um pouco o nível pra tentar fazer-me, sabe Deus, entendido. Tô de saco cheio. Pensei que não ia ficar, mas estou. Sabe o porquê ? Porque até se chegar a uma vacina (a da AIDS ainda não deu o ar de sua graça) todo o mundo vai estar […]

REMINISCÊNCIAS – José Delfino

REMINISCÊNCIAS –  Donana chegou em casa com um recipiente de plástico transparente do tamanho de uma banana-maçã das pequenas. Olha que lindo e gostoso. Legumes tostados ao molho de gergelim , meu amor , comida vegana. Achei o colorido da gororoba bonito. Logo me vieram à mente as insípidas e inodoras experiências gastronômicas de épocas […]

DA ESCALADA DE MONTANHAS IMPROVÁVEIS – José Delfino

DA ESCALADA DE MONTANHAS IMPROVÁVEIS –  Pra nós mortais, em nossos guetos, é assim. Apesar de, pra ser confirmada a regra, também ter quem não concorda: a gente só vive no coração e na mente daqueles que nos querem bem. Por duas gerações, apenas. O resto se evapora no nosso conceito de “tempo”, adaptado ao […]

DE CORRESPONDÊNCIAS LARGADAS NUM BAÚ – José Delfino

DE CORRESPONDÊNCIAS LARGADAS NUM BAÚ – Eu, ainda sobrevivendo. Ele, falecido. Engenheiro, inteligente, grande amigo, gozador. Perseguíamos dois objetivos distintos: ele, um PhD em Ecologia. Eu, um outro, em Anestesiologia. Os nossos papos, inesquecíveis. As suas cartas, após nossos caminhos cruzados – como se fossem – crônicas . Lancaster, 11 de Novembro de 1981 Meu caro […]

DA ESCALADA DE MONTANHAS IMPROVÁVEIS – José Delfino

DA ESCALADA DE MONTANHAS IMPROVÁVEIS – Pra nós mortais, em nossos guetos, é assim. Apesar de, pra ser confirmada a regra, também ter quem não concorda: a gente só vive no coração e na mente daqueles que nos querem bem. Por duas gerações, apenas. O resto se evapora no nosso conceito de “tempo”, adaptado ao […]

DA MINHA NATUREZA AÉREA – José Delfino

DA MINHA NATUREZA AÉREA – Ah, esses homens intrépidos vestidos em seus uniformes de gala , adornados com quepes, óculos ray-ban escuros, bigodes démodé a la Erroll Flynn, que a natureza e a vaidade humana permitem, e suas máquinas voadoras. Os ecos dos ruídos mansos dos teco-tecos ( os “desinteira-famílias” , como chamava seu Esaú […]

DE RACIOCÍNIO PERIFÉRICO SOBRE OS QUE EXCRETAM A ESMO – José Delfino

DE RACIOCÍNIO PERIFÉRICO SOBRE OS QUE EXCRETAM A ESMO – Negócio o seguinte: essa onda de exposições ao vivo de corpos nus excretando imensos bolos fecais em demonstrações escatológicas ambulantes com conotações eróticas, ditas de protesto (com todo o odor do indol e do escatol que o ar suporta e tem direito), vai da observação […]

DE PERSPECTIVAS UM TANTO EMOCIONAIS – José Delfino

DE PERSPECTIVAS UM TANTO EMOCIONAIS – Auto cognominados estamos os animais “racionais e inteligentes”. Nossos horizontes são limitados por ideologias. Inseridas estão elas em nossos diversos sistemas sociais. Conceitos ditos “existenciais” estariam, cada vez mais, a perder o lado místico e a se relacionar mais a processamentos de dados, de uma forma cada vez mais […]

DE COISAS QUE NÃO ME ARREPENDO – José Delfino

DE COISAS QUE NÃO ME ARREPENDO – Do medo de fazer as coisas, taí uma delas. A gente diz que não liga, mas liga. Tá no nosso subconsciente. Faz parte do inconsciente coletivo. Arraigado está no atavismo genético que rege tudo, até o instinto de sobrevivência em cada um de nós. O que faz o […]

A DITADURA DAS CALORIAS – José Delfino

A DITADURA DAS CALORIAS – Às vezes penso como é encarada a relatividade do comportamento das pessoas às mudanças de imagens ao longo do tempo. Lembram da diferença da anatomia dos corpos retratadas em pinturas na era barroca e na atual ( sendo Botero uma honrosa exceção) ? Me fica sempre a impressão de uma […]

O SINISTRO DAS HORAS – José Delfino

O SINISTRO DAS HORAS – O maldito celular deu ocupado, o som feito repetidas reticências, indiferentes à minha angústia. O relógio voltou atrás no tempo… O estranho é que passei a pensar diferente. Entenda, eu não vou fazer você arruinar mais os seus dias: só queria lhe dizer isto. Não tem mais volta. Como “não […]

DE SAÚDE PÚBLICA – José Delfino

DE SAÚDE PÚBLICA – Inda bem que não fomos nós. No imbróglio do “Mais Médicos”, me pareceria que o governo cubano antecipou a matança do porco. Encarou o óbvio. Desistiu rápido do grande prêmio, como saída honrosa. De véspera. Apostou no “quanto pior, melhor “, para nós. De “motu proprio”. Um “magnum principium” deles, cuja […]

O HOMEM QUE CALCULAVA – José Delfino

O HOMEM QUE CALCULAVA – Recebi a notícia da sua morte, faz uma semana. Viveu exatos 92 anos. Trocamos cartas por quase quatro décadas. Parte da última, não respondida, já um tanto sintomática: “Desde Janeiro deste ano mudei de endereço. Estou num asilo para idosos. Eles aqui tomam conta muito bem de mim. Quando aqui […]

MINIMALIZANDO – José Delfino

MINIMALIZANDO – Não é nada, não. Só praticando um breve exercício “calistênico” tentando me adaptar aos textos curtos e impacientes da Internet. Como dizia o meu professor, o psiquiatra Severino Lopes, tudo é “trenno” na vida, meu filho, aquele som peculiar que ele emitia , ao invés de “treino”. E que a gente gozava à […]

DE ZORRA ZAMBEMBE – José Delfino

DE ZORRA ZAMBEMBE – Na prática, é difícil arquitetar o nosso próprio destino. Por acaso a gente vem, vê , e com muita persistência e alguma sorte, faz conquistas. Muitas variáveis fogem de controle. Viver a vida perigosamente não se quer, mas é inevitável. O presente é a incógnita que sempre se confunde e se […]

NOITE ADENTRO – José Delfino

NOITE ADENTRO – Depois de cessados o prazer e a tormenta das coisas distantes ou extintas, como objetos e utensílios que povoaram um dia os recantos da nossa casa; ou os entes queridos vivos ou mortos que aconteceram em nossas vidas; é normal a lembrança deles. O improvável (ou até impossível ) desejo de tornar […]

EM FUNÇÃO DO QUE ME DIZEM E QUE EU ACHO – José Delfino

EM FUNÇÃO DO QUE ME DIZEM E QUE EU ACHO – Não me admiro, ou esquento muito, com o que me vem à cabeça. Nem com a dúvida que vem junta. Me deparei, agora mesmo, pensando se realmente gosto de “esportes de massa”. Claro que gosto. Apesar de “esporte” ser um termo relativo e todo […]

DE PEQUENOS PECADOS – José Delfino

DE PEQUENOS PECADOS – A cada um os seus desejos. Questão só de imaginá-los. O que me parece essencial para dar ânimo à vida. O princípio basilar da ética da convicção, se é que isto existe. Max Weber e Hegel já tocaram no assunto. Não vou dissecar o tema por simples e mera incompetência. É […]