Oliveiras na fazenda Estância das Oliveiras. Árvores são distantes umas das outras para evitar competição de nutrientes entre as raízes. — Foto: Marcos Serra Lima/g1
Oliveiras na fazenda Estância das Oliveiras. Árvores são distantes umas das outras para evitar competição de nutrientes entre as raízes. — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Com quantos quilos de azeitona se faz uma garrafa de azeite? Como o óleo é extraído da azeitona?

O portal g1 voou do Rio e SP até o Rio Grande do Sul, onde está a maior plantação de oliveiras do Brasil, para acompanhar o passo a passo de uma produção de azeite no município de Viamão.

É um processo delicado: depois que saem das árvores, as azeitonas precisam ir direto para a fábrica. Elas perdem qualidade rápido e, se o azeite não for extraído logo, pode perder o frescor do fruto, a picância e o sabor frutado: tudo o que se espera de um azeite extravirgem.

Nessa viagem, a equipe viu ainda que nada é desperdiçado e que existe azeite até no caroço da azeitona. Teve também “ordenha” de oliveiras e prova de azeitona no pé da árvore. Será que ela é gostosa igual na pizza? Confira no vídeo acima.

Tipos de azeite

Os azeites são diferenciados pelo seu nível de acidez e sabor. A seguir, veja as explicações do produtor da Estância das Oliveiras André Sittoni Goelzer e de técnicos do Ministério da Agricultura.

  • Extravirgem: é o azeite de melhor qualidade, produzido a partir de azeitonas em bom estado e que são processadas, em geral, em até 24 horas. O azeite precisa ser extraído em pouco tempo porque as azeitonas perdem rapidamente a picância, o amargor e o frutado, qualidades de sabor que se esperam de um extravirgem;
    Acidez: menor ou igual a 0,8%;
    Sensorial: picância, amargor e frutado.
  • Virgem: é um azeite que também é feito com azeitonas em bom estado, mas que perderam alguma qualidade com o passar do tempo. Exemplo: o azeite pode ter demorado para ser extraído das azeitonas;
    Acidez: menor ou igual a 2%;
    Sensorial: ainda pode ter picância, amargor e frutado, mas começa a apresentar alguns defeitos, como gosto de avinagrado, fermentado, ácido, entre outros.
  • Lampante: é um azeite da pior qualidade, que não pode ser destinado ao consumo humano. Ele pode ter sido feito a partir de azeitonas em péssimo estado (colhidas estragadas, do chão ou armazenadas inadequadamente);
    Acidez: maior que 2%;
    Sensorial: predomina gostos ruins, como avinagrado, fermentado, ácido, entre outros.
  • Tipo Único: é um azeite misturado com refinado, ou seja, que foi alterado quimicamente para eliminar impurezas e ser destinado ao consumo humano. É misturado com o azeite de oliva virgem;
    Acidez: menor ou igual a 1%;
    Sensorial: não é avaliado sensorialmente, mas tem sabor neutro. É indicado para fritar.

Créditos ‘De onde vem o que eu como’:

  • Coordenação editorial: Luciana de Oliveira
  • Edição e finalização: Gustavo Wanderley
  • Narração: Marih Oliveira
  • Reportagem: Paula Salati e Marcos Serra Lima
  • Produção: Paula Salati
  • Roteiro: Paula Salati
  • Coordenação de vídeo: Tatiana Caldas e Mariana Mendicelli
  • Coordenação de arte: Guilherme Gomes
  • Direção de arte e ilustrações: Vitória Coelho
  • Fotografia: Marcos Serra Lima
  • Motion: Vitória Coelho e Verônica Medeiros
  • Motorista: Márcio Severo

Fonte: G1

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