CARNAVAL E TRAGÉDIAS EM CURSO, QUE POSTURA SEGUIR? –
É assunto polêmico, mas…
O ‘maior espetáculo’ da terra, os desfiles de carnaval, foi oferecido pelo Rio de Janeiro e pelo Brasil! Ao mesmo tempo em que pelos jornais se via a triste imagem do lixo espalhado pelas arquibancadas e camarotes do Sambódromo ao fim dos desfiles.
Mais ainda: o que choca a tanta gente é que o Brasil ainda vive o drama de um dos maiores acidentes na exploração de barragens de minério do mundo! E ainda existem mais de uma centena de pessoas enterradas na lama sem resgate!
O espetáculo é fartamente anunciado como a melhor representação de cultura que temos a ofertar. Melhor representação de cultura! Perdoe-nos, mestre Câmara Cascudo que imagino repreenderia esta lógica da organização do carnaval e da mídia, penso que Cascudo diria para se ter cuidado ao misturar cultura de massa com administração política ou tragédias nacionais.
Como eu antecipei é polêmica esta situação nacional. Em tantos países existe a comoção e o sentimento de forte emoção enquanto vivenciam tragédias dessa monta e natureza. Eventos esportivos são adiados ou cancelados. Ao que parece este sentimento comum está na índole do brasileiro quando reverte para regozijo ou festa, somado que muitos se vangloriam por não saber nem cantarolar o hino nacional! E ainda fazem protesto para que estudantes não cantem!! Nesse ponto, há controvérsias políticas exacerbadas.
Na base comum das nacionalidades existe o estado de luto nacional. De registro é o espaço de tempo dedicado a relembrar ou refletir sobre a morte de personalidade significativa para o país. Da mesma forma é dedicado para respeitar preito a grande número de vítimas de catástrofes que provocaram excedido sofrimento e mortes! No caso do Brasil, em Brumadinho ainda tem seguimento o estado de tragédia em andamento visto que mais de uma centena de corpos estão insepultos na lama!
Outra controvérsia irreparável. Na questão da equipe de resgate israelense, já houve um abalo quando um cartunista expressou sua posição política ao ironizar o evento da chegada dos socorristas internacionais enquanto centenas de brasileiros jaziam soterrados na lama!
Quantos países podem ter deixado de colaborar enviando suas equipes de ajuda, que se comprova agora serem altamente necessário para o governo de Minas Gerais fazer frente ao resgate dos corpos. Os bravos bombeiros extenuados com as turmas visivelmente fatigadas para manter o ritmo de trabalho e ainda se anuncia que o governo passado atrasou a paga do inestimável 13º salário para esses abnegados profissionais de salvar vidas!
Na frente investigativa, a direção da Vale do Rio Doce está sendo arrolada com responsabilizações de monta. O país vive esse drama inconcluso.
Na kafkiana questão da equipe de resgate israelense, ainda houve um abalo e protestos nas mídias sociais quando um cartunista expressou sua posição política ao ‘ironizar’ o evento da chegada dos socorristas internacionais enquanto centenas de brasileiros jaziam soterrados na lama!
Na gama de comentários pela imprensa e mídia eletrônica, há quem “justifique estar o povo nesta festa de Momo dando a ‘volta por cima’ com alegria, mas se veem protestos políticos pela redução de verbas para os carnavalescos!” Está bem…
