A CARAVANA DE JESUS –
Acordei cedo com os cristãos passando na porta em procissão. As cadelas percebendo a movimentação saudaram os devotos com os aus aus.Uma vez desperto fui fumegar café e comer o que todos já sabem e, enquanto montava o sanduíche e reservava a pinha, fiquei pensando no meu relacionamento com Jesus.
Quando menor ia sempre às missas na catedral antiga com papai. Fui muito na adolescência pois estudei no Marista, Salesiano e Maria Auxiliadora, todos colégios católicos. Nunca fui fã de missa, gostando mais da parte do sermão, uma vez que alguns padres tem erudição e abordagens legais de alguns assuntos, me conquistando neste aspecto. Os cânticos também agradam, mas acho as missas um pouco longas e nunca senti aquela vontade de ir por vontade própria.
Já de Jesus sempre tenho boas impressões. ELE me passa uma energia boa e gosto dos seus ensinamentos. Principalmente da importância de perdoar. Nesses tempos em que os ânimos estão acirrados, ele é bem necessário.
Por causa de certa posição crítica com relação ao PT, tenho sido bombardeado com energias negativas, o que as vezes dá raiva. Por isso, passada a contenda, penso e mais calmo posso colocar Jesus na reflexão e perdoar, mantendo a amizade e relegando a confusão.
No começo dos meus vinte anos tendi para a cultura oriental, e estando na Índia conheci alguns mestres, seguindo espiritualmente por estas searas, nunca perdendo o carinho por Jesus e tentando incorporar vários dos seus conselhos.
Quase todos os dias, visualizo mentalmente Sai Baba, papai, mamãe, Maria, Krishna, Osho e ele, Jesus. Agradeço pelas coisas que acontecem comigo e como pedinte contumaz, solicito um olhar carinhoso para manos enfermos, amigos com necessidades temporais ou especiais, para o planeta, animais e outros babados mais. Entao, nesta Páscoa, mando aquele abraço para Jesus, cabra bom, alma ótima.
Antes de finalizar a reflexão, lembrei da situação da nossa pátria e pensei como seria se Jesus fizesse uma caravana pelo Brasil. Veria gente se achando mais santo que o Pai, intolerância da esquerda e da direita, matança de policiais, de pessoas de bem, mulheres, crianças, fome, degradação de todo tipo, corrupção, roubo, violência, medo, egoísmo, mentira, ódio e pedofilia. Mas também verus amor, solidariedade, fraternidade, amizade, celebração, companheirismo e esperança.
Apesar de não ser muito diferente do que na verdade sempre foi, ele certamente escreveria no relatório final: “Senhor, que situação, rapaz… ” Ave Maria!
Desejo aqui que todos te nham tido uma Boa Páscoa. E que internalizemos as boas recomendações do Mestre Jesus e sigamos buscando harmonizar e melhorar a situação pessoal e nacional.
Flavio Rezende – Jornalista
