Motoristas de caminhões impedidos de transportar cargas no Porto de Santos, litoral de São Paulo, calculam as perdas acumulados nestes oito dias de incêndio. Segundo a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), os prejuízos já passam de R$ 10 milhões.

O fogo começou na manhã da última quinta-feira e ainda atinge tanques de combustíveis da empresa Ultracargo, que fica no bairro Alemoa, na região do porto.

De acordo com o presidente da Abcam, José da Fonseca,além das perdas com o carregamento, motoristas proibidos de entrar no porto acabam retornando e, com isso, são obrigados a pagar duas vezes o pedágio da Rodovia Anchieta.

Os caminhoneiros também estão tendo que dormir na boléia e pagar para tomar banho nos banheiros de postos de combustíveis.

E existem ainda os prejuízos pessoais. O caminhoneiro Luis Silva, por exemplo, havia planejado adiantar o transporte das cargas de açúcar para conseguir estar em casa no aniversário de 32 anos do seu casamento. Com o acesso ao porto bloqueado, ele acabou perdendo a comemoração.

Na madrugada desta quinta-feira a área de descanso que fica no km 40 da Rodovia Anchieta começou a ser esvaziada depois que o acesso à margem direita do porto foi liberado por comboios. A liberação precisa ser agenda com o Codesp (Companhia de Docas do Estado de São Paulo) e depende do tipo e volume da carga.

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