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O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, é o novo personagem do governo a viver dias de apreensão. Os problemas que afligem o Palácio do Planalto desde o início do segundo mandato — e acabou por minar os principais aliados da presidente — atingem agora o ministro, citado na Operação Lava-Jato como beneficiário de dinheiro desviado da Petrobras.

Documento apreendido no gabinete do ex-líder do governo no Senado Delcídio do Amaral (PT-MS) atribui ao ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró a revelação de que o chefe da Casa Civil recebeu “um grande aporte de recursos” para a campanha ao governo da Bahia, pelo PT, em 2006. O direcionamento dos recursos desviados teria ficado a cargo do então presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli. Naquele ano, Jaques Wagner conquistou o mandato de governador, sendo reeleito em 2010.

Em um mês em que a calmaria do recesso deveria ajudar os aliados de Dilma na construção da defesa e estratégia para barrar o impedimento do seu mandato, o governo está às voltas com mais essa crise. Esta semana vazou uma troca de mensagens entre Wagner e o ex-presidente da construtora OAS Leo Pinheiro, réu na Lava-Jato. O ministro Henrique Alves (PMDB-RN), também entrou na linha de fogo, pela suspeita de ter trocado mensagens  no celular prometendo interceder pelo ex-presidente da OAS junto a tribunais de contas.  A bruxa anda à solta.

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