O brasileiro voltou às compras após mais de 2 anos de retração no consumo. Esse movimento ainda é tímido, mas contribuiu para uma alta de 0,2% no Produto Interno Bruto (PIB) do país no segundo trimestre. O consumo das famílias cresceu 1,4% no período, na primeira alta após nove trimestres, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar da retomada do crescimento, o consumo das famílias ainda é tímido comparado aos tempos de bonança da economia. Muitos brasileiros ainda estão usando sua renda para quitar dívidas e guardar dinheiro para um futuro ainda indefinido.

No caso de Oh, 20% do dinheiro sacado do FGTS foi para a caderneta de poupança. “Por ora, não tenho a intenção ou previsão de gastar esse valor”, diz. A cautela se deve à percepção de que a melhora na economia ainda não é consistente. “Do jeito que as coisas caminham, não sei por quanto tempo vamos conseguir manter esta rotina”, comenta.

Mesmo com vontade de comprar uma lava-louças, uma máquina de lavar, uma secadora nova e móveis planejados para seu apartamento, o técnico administrativo está aguardando melhores condições econômicas para gastar.

Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), feito em julho, mostra que o principal destino do FGTS inativo foi para quitar dívidas (37,6%). Em seguida, vem a aplicação em poupança (30%) e só depois o consumo (27,8%).

Segundo a FGV, o efeito do FGTS pode perdurar ao longo dos próximos anos, à medida que as famílias se sintam mais à vontade para gastar. Por enquanto, o impulso não acelerou de forma significativa o ajuste financeiro das famílias.

Fonte: G1

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