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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) alegou, durante audiência de custódia realizada nesse domingo (23), que a tentativa de violar a tornozeleira eletrônica ocorreu em razão de um “surto”, causado por medicamentos. Também negou qualquer tentativa de fuga.
“Depoente [Bolsonaro] afirmou que estava com’alucinação’ de que tinha alguma escuta na tornozeleira, tentando então abrir a tampa”, diz a ata da audiência, protocolada pela juíza auxiliar Luciana Sorrentino, que decidiu manter a prisão do ex-presidente.
Bolsonaro recebeu neste domingo a visita da esposa, Michelle. Imagens feitas pelo cinegrafista Rafael Sobrinho, da TV Globo, mostram o ex-presidente na portaria da Superintendência da PF em Brasília, onde está preso preventivamente.
Ele foi detido nas primeiras horas da manhã de sábado, após a Polícia Federal apontar risco de fuga, violação da tornozeleira eletrônica e tentativa de usar aglomeração de apoiadores — convocada pelo senador Flávio Bolsonaro — para dificultar a fiscalização das medidas cautelares.
O que Bolsonaro alegou?
- Bolsonaro respondeu que teve uma “certa paranoia” em razão de medicamentos que tem tomado. Ele citou pregabalina e sertralina, usados para tratamentos psiquiátricos, especialmente em casos de ansiedade e depressão.
- Ele também disse que tem o sono “picado” e não dorme direito.
- Por isso, resolveu, com um ferro de soldar, mexer na tornozeleira, porque tem curso de operação desse tipo de equipamento.
- Bolsonaro relatou que mexeu na tornozeleira por volta da meia-noite, mas depois “caiu na razão” e parou de usar a solda, momento em que teria se comunicado com os agentes de custódia.
- Também disse que “não se lembra de ter um surto dessa natureza em outra ocasião”.
- E que “começou a tomar um dos remédios há cerca de quatro dias antes dos fatos que levaram à sua prisão”.
- Ele afirmou que não tinha qualquer intenção de fuga.
Fonte: G1