Um quarto dos deputados de partidos da base aliada votaram contra o presidente Michel Temer na noite de quarta-feira (04).

Do lado da oposição, 11% dos parlamentares das legendas que se posicionam contra o governo no Congresso votaram a favor do presidente.

De um total de 363 deputados da base, 92 votaram pela continuação da denúncia de corrupção passiva no Supremo Tribunal Federal. O partido que mais contrariou o Planalto foi o PSDB, dono de quatro ministérios na Esplanada. 21 dos 47 parlamentares votaram contra o relatório do deputado do próprio partido, Paulo Abi-Ackel, de Minas Gerais, que rejeitou a denúncia.

Após a votação, o ministro da secretaria de governo, Antônio Imbassahy, do PSDB, que foi exonerado para votar na denúncia, comentou o resultado.

O partido do presidente, o PMDB, teve seis deputados dissidentes. O PR, que fechou questão contra a denúncia, informou que o partido pode punir os 9 deputados que votaram a favor da denúncia.

O PSD teve 14 votos contra o presidente, de um total de 38 parlamentares. O PSD tem o Ministério das Comunicações, com Gilberto Kassab. Entre os dissidentes, esteve o deputado do PSD de Tocantins, Irajá Abreu, que preferiu votar pela continuação da denúncia.

Do lado da oposição, 11% votaram a favor de Temer. Dos 17 deputados que votaram contra a denúncia, a maioria, 13 deles, são do PSB. O partido oscila entre oposição e governo. A executiva do PSB é contra a reforma trabalhista, da previdência e a favor de eleições diretas, mas a legenda tem um ministério na Esplanada, o de Minas e Energia, chefiado por Fernando Coelho Filho.

Mas segundo deputados do PSB, esse ministério seria da quota pessoal do presidente, não tendo relação com a bancada.

Fonte: Agência Brasil

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