Reféns se emocionam ao serem liberados após assalto em joalheria no Centro de São Paulo. Três pessoas ficaram feridas no resgate

Doze bandidos armados com pistolas semiautomáticas invadiram ontem (15) uma das maiores joalherias do centro de São Paulo. Eram 11h40. Dominaram clientes e funcionários. Quando se preparavam para fugir com malotes de joias, foram surpreendidos pela polícia. Os ladrões atiraram. Houve correria e, por duas horas, 153 pessoas, segundo a polícia, foram mantidas reféns na loja por dois dos bandidos. Eles acabariam presos com outros dois comparsas – oito escaparam Três pessoas ficaram feridas. O alvo dos bandidos era a joalheria João Justino, uma das maiores da Rua Barão de Paranapiacaba. Segundo testemunhas, os 12 ladrões entraram na loja, no segundo andar do Edifício Santa Rosa, e anunciaram o assalto. O bando encheu dois malotes com joias de ouro. Então, o grupo se dividiu. Parte permaneceu com os reféns, fazendo segurança para os colegas que escapavam com o ouro roubado.

A polícia foi avisada instantes depois de o grupo anunciar o assalto. A primeira equipe da Polícia Militar a chegar ao local estava na Praça da Sé. Ela deteve dois assaltantes ainda nas escadas. Quando os dois últimos desciam para o térreo, segundo o capitão Fernando Ferreira Alves, eles deram de frente com os PMs “Eles fizeram três disparos e se refugiaram na joalheria. Quando vimos que havia reféns, pedimos apoio.”

As negociações tiveram início com a chegada do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), divisão da PM treinada para essas situações. Mais de 50 policiais trabalharam no caso. O calçadão do centro ficou lotado de curiosos que acompanhavam a ação – e aplaudiram quando os reféns começaram a sair.

No interior da loja, funcionários e clientes relataram pânico. “Escolheram dez pessoas para ficar entre eles e a PM, como escudo humano. Fui uma dessas pessoas. Eles disseram que queriam coletes à prova de balas para se entregar. Quando concordaram em entregar as armas, mandaram a gente sair abraçada a eles. Estavam com medo de serem mortos”, disse uma das reféns, a funcionária da loja Ana Paula Medeiros, de 23 anos. Os demais clientes ficaram nos cantos da loja, em uma sala de crediário e dentro dos banheiros.

Nenhum dos feridos foi alvejado por tiros. O caso mais grave foi o de um idoso que teve a orelha ferida por estilhaços. Os quatro homens detidos são moradores de cidades do leste da Grande São Paulo, como Suzano e Ferraz de Vasconcelos. Com o quarteto, a PM apreendeu três pistolas. O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que registrou a ocorrência, acusou os homens de tentativa de latrocínio (assalto seguido de morte).

Fonte: Estadão Conteúdo

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