Lucro do Banco do Brasil cresceu 3,6% em comparação com o mesmo período do ano passado (Foto: Adriano Oliveira/G1)

O Banco Brasil registrou lucro líquido de R$ 2,443 bilhões no primeiro trimestre de 2017, segundo balanço divulgado pela instituição nesta quinta-feira (11). O resultado é 3,6% acima dos R$ 2,359 bilhões obtidos no mesmo período do ano passado.

O BB divulga outro indicador de lucro, o chamado lucro líquido ajustado, que foi de R$ 2,515 bilhões, 95,6% acima dos R$ 1,286 bilhões do primeiro trimestre de 2016. Esse indicador não segue o padrão contábil, mas mostra o resultado do banco sem “itens extraordinários”.

Segundo o BB, o lucro ajustado foi impactado principalmente pelo aumento das rendas de tarifas e redução da despesa de provisão, quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Em 2016, o banco fez uma provisão para eventuais perdas em empréstimos para uma empresa de óleo e gás, que afetou negativamente o seu lucro ajustado. No mercado, a informação é que seriam empréstimos da Sete Brasil.

O resultado do banco foi impulsionado por aumento da renda com tarifas, que cresceram 12,3% em 12 meses decorrentes. As tarifas de administração de fundos e de contas correntes ficaram maiores em 29,3% e 11,3%, respectivamente, frente ao 1º trimestre de 2016.

A chamada provisão para créditos de liquidação duvidosa do Banco do Brasil, que é o dinheiro que o banco guarda para se proteger de calotes, atingiu R$ 6,713 bilhões no primeiro trimestre, volume 26,6% menor sobre um ano antes (R$ 9,145 bilhões) e 10,3% menor do que o trimestre imediatamente anterior. Essa redução de provisões influencia positivamente no lucro do banco.

A carteira de crédito ampliada do banco teve redução de 11,4%, registrando R$ 688,7 bilhões. O resultado é pior do que os R$ 708,1 bilhões do 4º trimestre de 2016, e ainda pior quando comparado com o mesmo período do ano passado, que foi de R$ 777,5 bilhões.

O índice de inadimplência, que mede os pagamentos em atraso há mais de 90 dias, subiu. O indicador ficou em 3,89% em março, acima do registrado no mesmo período do ano passado (2,59%) e do valor registrado três meses antes, de 3,29%.

A margem financeira bruta cresceu 1,4% em 12 meses, totalizando R$ 14,5 bilhões, com destaque para a redução das despesas financeiras de captação e institucional e para a maior recuperação de crédito verificada em um primeiro trimestre nos últimos cinco anos.

As despesas operacionais totais ficaram em R$ 12,849 bilhões contra R$ 12,812 bilhões no mesmo período do ano anterior. Já em comparação com o trimestre imediatamente anterior, o resultado foi 9,9% menor dos que os R$ 14,262 bilhões.

As despesas administrativas recuaram 9,8% no trimestre devido ao controle de gastos e reorganização institucional anunciados em novembro de 2016. Após a reorganização da rede de atendimento, 379 agências serão transformadas em postos de atendimento e 402 serão desativadas. No total, 9.409 funcionários aderiram ao Plano de Aposentadoria Incentivada, que já foi encerrado em meados de dezembro. De acordo com o banco, no total, 18 mil funcionários tinham condições para se aposentar.

*Com informações do G1

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