Aedes-aegypti

O Brasil já soma 739 casos notificados de bebês com microcefalia, malformação do crânio que pode trazer sequelas graves ao desenvolvimento da criança. Em apenas uma semana, o número de registros cresceu 85% e já atinge ao menos 160 municípios de nove Estados.

Destes, Pernambuco registra o maior número de diagnósticos, com 487 até o momento. Em seguida, estão Paraíba, com 96 registros, Sergipe (54) e Rio Grande do Norte (47). Também há casos registrados no Piauí (27), Alagoas (10), Ceará (9) e Bahia (8). Goiás também já informou um caso suspeito –é o primeiro registro fora do Nordeste.

Os dados fazem parte de novo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde ontem, a partir de informações enviadas pelas secretarias estaduais de Saúde. O número, porém, pode ser ainda maior, já que o levantamento considera apenas os dados até a última sexta-feira.

O governo investiga ainda uma morte de um recém-nascido com o diagnóstico aqui no Rio Grande do Norte. Estados, no entanto, já informam ao menos cinco mortes que podem ter relação com o quadro, que leva os bebês a nascerem com o perímetro da cabeça menor do que a média, que é acima de 34 cm (para os casos de partos não-prematuros).

Segundo o Ministério da Saúde, todas os casos notificados ainda devem ser confirmados por meio de tomografias e outros exames, que detectam indícios da malformação no cérebro do bebê. A infecção transmitida pelo vírus zika é apontada como a principal hipótese do aumento de casos de microcefalia no país. Ele é transmitido pelo Aedes aegypti, o mesmo vetor responsável pela dengue.

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