A atriz Tônia Carrero (95), um dos ícones da dramaturgia e da televisão brasileiras, morreu na noite de ontem no Rio de Janeiro. A artista passava por uma cirurgia em uma clínica particular na Gávea e segundo familiares, não resistiu à uma parada cardíaca durante o procedimento. Maria Antonietta Portocarrero Thedim no Rio de Janeiro em 23 de agosto de 1922. Enquanto o pai, que alcançou a patente de general, e seus irmão seguiram a carreira militar, a atriz contrariou a família para se tornar Tônia Carrero. Ao completar 80 anos, Tônia contou parte de sua vida no palco, no solo “Amigas para Sempre”.
Tônia Carrero foi uma das atrizes mais reconhecidas da segunda metade do século 20. Estreou nos palcos em 1949, acompanhada do ator Paulo Autran, na peça “Um Deus dormiu lá em casa”. Interpretou diversos personagens no Grande Teatro Tupi, de 1952 a 1960. A primeira novela que participou foi “Sangue do meu sangue”, de 1969, na extinta TV Excelsior. Na Tv Globo Tônia participou de “Água Viva”, de 1980, de “Sassaricando” (1987), dentre outras. A atriz atuou em mais de 50 peças no teatro, nos seus 64 anos de carreira.  Também participou de 19 filmes e ao todo foram 15 novelas.
O último papel da artista na televisão foi a Madame Berthe Legrand, na novela “Senhora do Destino”, em 2004. A sua última aparição pública aconteceu em abril de 2011, quando foi ver uma peça estrelada pelo filho. Tônia já estava com a saúde debilitada, sofria de hiodrocefalia oculta, que é o excesso de líquido no cérebro, o que a fez viver reclusa desde 2013. Os primeiros sintomas da doença começaram em 1999. Ela tinha sido internada na sexta-feira (2/3) com uma úlcera no sacro e morreu durante procedimento médico, afirmou a neta da atriz Luísa Thiré.

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