“Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus.” (Mateus 5:9). Pacificador é aquele que tem paz, e é capaz de “fazer” a paz acontecer por onde quer que passe; ele é um instrumento ativo e transformador em benefício da paz. Somente quem alcançou o estado de paz interior é capaz de ser instrumento da paz verdadeira.
A paz não se confunde com a calma que pode reinar, momentaneamente, em um ambiente. A paz verdadeira é o reflexo do que existe dentro da pessoa que a possui. Se as pessoas têm paz em si mesmas, o ambiente é de paz, naturalmente. Porém, se não tiverem paz, o ambiente pode até parecer tranquilo, mas, esse estado de tranquilidade não dura muito, posto que trata-se de uma paz falsa. Porque, aonde o egoísmo comandar as relações humanas, a paz não pode produzir seus frutos.
Disse-nos o Cristo: “Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbem os seus corações, nem tenham medo.” (João 14:27). A paz, portanto, é uma graça de Deus, dada a quem realizou o seu potencial divino e convive harmoniosamente com tudo e com todos. A paz não é algo passivo, mas dinâmica e contagiante, e aquele que a consquistou é uno com o Cristo – o príncipe da paz! Esses podem ser chamados filhos de Deus!
Alguém poderia dizer: “todos somos filhos de Deus”. Sim, é verdade: todos somos filhos de Deus. Mas uma coisa é você ter a “certidão” de filho de Deus; outra coisa é você estar em pleno gozo das virtudes que advém dessa filiação. Assim, é necessário ir à luta contra aquilo que nos afasta de Deus, e perseverar até o fim, para que possamos alcançar a paz, e sermos chamados filhos de Deus.
João Batista Soares de Lima – Ex secretário de Tributação e Membro da Arca da Aliança – Movimento Cristão.
