/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/C/x/Y3wp8OSmGj0qGqfQjnVQ/123381076-74b8f5a9-78e5-4739-be59-8f051dc55c29.jpg)
Diante das pressões globais pelo isolamento financeiro da Rússia como retaliação a guerra, o bilionário Roman Abramovich, um dos oligarcas mais próximos do Kremlin, se viu obrigado a vender o Chelsea Football Club, que comprou em 2003.
Em conversa com Renata Lo Prete, Rodrigo Capelo, jornalista do ge e do Sportv, especializado em negócios do esporte, analisa a relação entre os magnatas russos e o “prestígio” que alcançam com o futebol. Segundo Capelo, foi precisamente o capital político conquistado com a compra do Chelsea que levou Abramovich à decisão de vender o clube após sofrer pressões pela proximidade com Putin.
Assunto debatido no episódio #658 do podcast O Assunto, o jornalista ainda analisa os impactos de ‘efeito cascata’ das sanções no esporte russo – já que a Rússia foi impedida pela FIFA de participar de competições internacionais. E chama de seletivas as pressões financeiras, destacando a neutralidade política da FIFA em outros conflitos que também envolviam graves violações de direitos humanos.
“A gente percebe que, no momento atual, essa pressão aos oligarcas russos pode ser até justificável como uma pressão econômica para tentar impedir o Putin de avançar com a guerra. Mas é de fato uma pressão seletiva, porque em várias outras ocasiões da história e do esporte a Fifa nada fez. Não só a FIFA, como todas as entidades que estão tomando medidas bastante radicais contra o governo russo, em várias outras ocasiões fecharam os olhos.”
Fonte: G1