Fotografia de Alba Zaluar em 2017 — Foto: Arquivo pessoal
Fotografia de Alba Zaluar em 2017 — Foto: Arquivo pessoal

A antropóloga, professora e doutora Alba Zaluar, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), morreu nesta quinta-feira (19). Alba tinha 77 anos e lutava contra um câncer no pâncreas, segundo a filha Marilia Zaluar.

O velório de Alba será nesta sexta-feira (20) na Capela 6 do Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, às 10h. O enterro acontece às 13h.

Alba se formou em ciências sociais na UFRJ em 1965. Fez pós-graduação na Inglaterra, depois, de volta ao Brasil, se dedicou ao mestrado e ao doutorado em Antropologia, em 1984. Era professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Uerj, onde coordenou o Núcleo de Pesquisa em Violências (Nupevi), com diversas pesquisas quantitativas e qualitativas no tema das violências doméstica, policial, urbana e vinculada ao tráfico de drogas.

Começou a escrever sobre o assunto no começo dos anos 80, quando foi pesquisar a vida comunitária na Cidade de Deus, na Zona Oeste da cidade.

No conjunto habitacional que começava a se transformar em favela, Alba Zaluar encontrou o que definiu ser uma nova forma de organização: uma quadrilha de traficantes, em guerra.

Alba publicou centenas de artigos e livros que se tornaram referência no estudo da violência urbana. Em 1999 recebeu o prêmio Jabuti, um dos mais importantes da nossa literatura, pela publicação de “A Máquina e a Revolta”.

A antropóloga se aposentou em 2012, mas continuava atuando como professora visitante no Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp), da Uerj.

Nota da UFRJ

Em nota, a reitoria da UFRJ lamentou a morte de Alba Zaluar:

“Foi com pesar que a Reitoria da UFRJ teve ciência do falecimento de Alba Zaluar, nesta quinta-feira, 19/12.

Alba foi uma referência no campo da sociologia e da antropologia urbana e da violência no Brasil, tendo publicado dezenas de artigos, capítulos e livros sobre os temas.

(…) A Reitoria da UFRJ lamenta a perda da pesquisadora para a cena científica brasileira e presta condolências à família e aos amigos.”

Fonte: G1

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