
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu temporariamente a comercialização de 161 planos de 36 operadoras de saúde, entre elas a Unimed Paulistana, que tem 475 mil segurados, Alianz Saúde (170,8 mil), Marítima (142,2 mil) e Fundação de Assistência dos Servidores do Ministério da Fazenda (66,7 mil). A medida é aplicada como punição para planos que apresentaram pior desempenho entre dezembro de 2013 e março deste ano. Juntos, eles atendem 1,7 milhão de beneficiários. O bloqueio de vendas começa a valer sexta e tem duração mínima de três meses, quando uma nova rodada de avaliação deverá ser feita.
São levadas em consideração na análise reclamações por atrasos máximos para marcação de consultas, cirurgias, exames e negativas de atendimentos. Do total de planos suspensos, 132 receberam punição neste ciclo de acompanhamento. Outros 29 já estavam com a comercialização proibida desde o ciclo anterior. Das 36 operadoras, 26 (o equivalente a 72% do total) já estavam proibidas de vender outros planos de saúde, bloqueados em monitoramentos anteriores. Além disso, parte das operadoras fiscais já está em direção fiscal e técnica. Este é o nono ciclo de avaliação.
O diretor da ANS, André Longo, avalia que, embora boa parte das operadoras seja reincidente, o monitoramento tem impacto positivo. “Ele é indutor de mudança de comportamento. E evita que operadoras se acomodem”. Longo afirma no entanto que o monitoramento não afasta outras medidas importantes, como multas para operadoras.